24/02/2021 às 23h02min - Atualizada em 24/02/2021 às 23h02min

Em Rondônia, professores de Física desenvolvem equipamento didático que simula o Efeito Estufa e o Aquecimento Global

Gazeta Rondônia

Pesquisadores desenvolveram no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Rondônia (IFRO), Campus Porto Velho Calama, um equipamento capaz de simular o efeito estufa. O protótipo trata-se de uma ferramenta didática para o ensino da Física e dos fenômenos relacionados à ecologia e ao meio ambiente.
 
O aparelho foi desenvolvido pelos Professores Paulo Renda Anderson e Cléver Reis Stein, do IFRO/Campus Calama; Carlos Mergulhão Júnior, da Universidade Federal de Rondônia (Unir), e Moacy José Stoffes Júnior, do Instituto Federal do Paraná (IFPR/Campus Telêmaco Borba).

 
Os resultados da pesquisa foram publicados em um artigo científico na Revista Brasileira de Ensino de Física intitulado “Simulação do Efeito Estufa, da intensificação do Efeito Estufa pela presença de CO2 e do impacto da mudança da cobertura da Terra na temperatura média do meio utilizando o Arduino”.  
 
No artigo, os professores explicaram sobre o funcionamento e a utilização do equipamento, bem como a importância do efeito estufa para a manutenção da vida no planeta Terra, o qual é um processo natural que ocorre na atmosfera e que mantém a temperatura do planeta amena e sem grandes variações e evidenciam que o problema é a exacerbação desse efeito, o que leva ao aquecimento global.
 
Somado a isso, também é exposta a influência da cobertura do solo na temperatura média do ambiente, a exemplo da mudança de áreas vegetais por áreas urbanas. A ideia para a produção do protótipo, segundo o Professor Paulo Renda, “originou-se perante a escassez de experimentos capazes de demonstrar os fenômenos físicos presentes no estudo desses temas, tanto no ponto de vista científico, quanto do senso comum”.
 
O equipamento construído consiste em dois ambientes inertes delimitados por cúpulas de vidro e no interior deles são instalados sensores de temperatura e pressão controlados por um software denominado Arduino (IDE). As cúpulas são irradiadas por ondas eletromagnéticas de mesma intensidade e as curvas de temperatura em função do tempo são apresentadas simultaneamente na tela do computador pelo Arduino.
 
Um dos ambientes está conectado a um cilindro de gás, que tem a função de aumentar a concentração de dióxido de carbono neste ambiente. O equipamento pode, de acordo com os professores, tornar o ensino de Física mais atrativo e interativo, de acordo com as simulações que são possíveis de se realizar, uma vez que se torna uma ferramenta experimental importante para assessorar os professores no processo de ensino e aprendizado.
 
Segundo o Professor Cléver Stein, líder do Grupo de Pesquisa Meio Ambiente, Educação e Energia Renovável do IFRO, no qual o projeto foi desenvolvido, a Revista Brasileira de Ensino de Física “consiste no periódico científico de referência nacional no que tange ao avanço da pesquisa brasileira na área de ensino de Física, sendo um marco para as pesquisas desenvolvidas no curso de Licenciatura em Física do campus”.
 
O docente também destaca que a publicação foi possível em virtude do apoio e fomento ao grupo de pesquisa por parte da Pró-Reitoria de Pesquisa, Inovação e Pós-Graduação (Propesp/IFRO) e do Departamento de Pesquisa, Inovação e Pós- Graduação (Depesp) do Campus Porto Velho Calama.
 
Leia o artigo completo clicando AQUI. Fonte: Ascom IFRO.
 


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