O rapaz de 22 anos preso no domingo (2), em Campo Grande (MS), após colar as teclas de uma urna eletrônica durante a votação, na Faculdade Estácio de Sá, ganhou liberdade nesta terça-feira (4), depois de passar por audiência de custódia.
O advogado Joaquim Soares de Oliveira Neto disse que o rapaz foi liberado pela Justiça com a condição de que faça um tratamento no Caps (Centro de Atendimento Psicossocial). Ainda segundo a defesa, o rapaz tem TDAH (Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade) e que desde os 16 anos ele não faz nenhum tratamento.
Ainda segundo o advogado, o rapaz não queria votar e só participou das eleições por um pedido da mãe. No caminho do local da votação, ele passou em um mercado e comprou um tubo de supercola.
“Ele nem se lembra do que aconteceu”, disse o advogado.
O rapaz foi autuado por causar dano propositalmente a equipamento usado para votação. O crime tem pena de cinco a dez anos, mas a defesa vai recorrer.
Urna colada
Após colar a urna, o rapaz foi para casa, no Bairro Vilas Boas, e confessou para a mãe o crime, dizendo ter se arrependido. Ele foi ouvido pelo juiz eleitoral da 8º zona, Luiz Felipe Medeiros Vieira, ao qual teria dito “não suporto mais a polarização”.
O advogado ainda disse que a família passa por momento delicado, pois o rapaz perdeu o pai para a Covid durante a pandemia e a família passa por dificuldades.
Ainda segundo o advogado, o rapaz teria problemas psicológicos e que, quando coloca um capuz na cabeça, se sentiria como um ‘personagem’. Fonte: MídiaMax.