Deputados da Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) querem aumentar em 50% os salários do próximo governador, Tarcísio de Freitas (Republicanos), de seu vice e dos futuros secretários que irão compor o novo governo a partir de janeiro de 2023.
Pelo projeto colocado em pauta nesta terça-feira (8), em regime de urgência, pela Mesa Diretora, presidida pelo deputado Carlão Pignatari (PSDB), o salário do governador de São Paulo passará de R$ 23 mil para R$ 34,5 mil. Já o subsídio do vice, Felício Ramuth (PSD), será de R$ 32,8 mil, ante os atuais R$ 21,8 mil previstos em lei.
A proposta recebeu apoio não apenas dos partidos que apoiaram Tarcísio na campanha eleitoral, como o Republicanos, legenda do governador eleito, PL, PP, MDB e PSDB, como também do PT, do candidato derrotado no segundo turno, Fernando Haddad.
O texto prevê também aumento de 50% para os futuros secretários do governo Tarcísio, que receberão salário de R$ 31,1 mil, caso o projeto seja aprovado. Atualmente, os 23 integrantes do primeiro escalão do governo de Rodrigo Garcia (PSDB) recebem remuneração bruta mensal de R$ 20,7 mil.
Os deputados tentaram aprovar o reajuste do governador em sessão extraordinária no início da noite desta terça-feira, mas não houve quórum suficiente para votação. Apenas 26 dos 94 parlamentares registraram presença em plenário. Apesar disso, líderes partidários acreditam que a proposta seja aprovada nos próximos dias. Para entrar em vigor em janeiro, quando toma posse o novo governo, a lei precisa ser aprovada até o fim deste ano.
Reajuste
A articulação política para reajustar o salário do governador é uma ótima notícia para Tarcísio. Como o Metrópoles mostrou na semana passada, o futuro chefe do Palácio dos Bandeirantes iria receber R$ 8,6 mil a menos como governador do que ganhava como analista legislativo da Câmara dos Deputados, em Brasília.
Durante a campanha, Tarcísio pegou três meses de licença remunerada para atividade política, prevista em lei, e continuou recebendo o salário de R$ 31,7 mil da Câmara. Nesta quinta-feira (10/11), ele terá de se apresentar em Brasília para se afastar do cargo para exercer o mandato de governador, o que o obriga a abrir mão do salário pago pelo Legislativo federal.