Na sexta-feira (18), o senador Confúcio Moura (MDB-RO), presidente da Comissão Mista criada para acompanhar a situação fiscal e a execução orçamentária e financeira das medidas relacionadas à emergência de saúde pública da Covid-19, disse que a atuação do colegiado no ano foi extremamente importante e ajudou a mudar o discurso do governo. Na reunião foi aprovado por unanimidade o relatório final do deputado Francisco Júnior (PSD-GO).
Para Confúcio, a CN-Covid-19 foi atuante e até inspirou mudanças nas falas do Governo. Segundo ele, no mesmo dia, Paulo Guedes utilizou o comparativo entre a economia e a saúde, pandemia, economia e prosperidade, comparando-as às asas de uma ave, ao equilíbrio, que o batimento das asas tem que ser harmonioso. “Então, não há jeito de a economia prosperar se a gente estiver numa pandemia. Ele citou que a vacinação em massa é a grande meta para o crescimento econômico. Isso foi fantástico!”, disse.
Segundo o parlamentar, a Comissão resultou também uma reação positiva ao crédito. Ele afirmou que as instituições financeiras, sempre distantes, principalmente o Banco do Brasil, e mostraram o outro lado do crédito. “Mostraram, por exemplo, o microcrédito produtivo solidário, mostraram as Oscips de crédito, mostraram as cooperativas de crédito, mostraram os fundos garantidores de microcréditos”, contou.
No Ministério da Saúde, Confúcio Moura disse que a Comissão promoveu mudanças nas ações da instituição. “Certo é que o Ministério passou a encampar todas as vacinas junto ao Governo Federal, inclusive a CoronaVac do Butantan. Nós mostramos que o Butantan é mais importante, é maior do que a discussão política do momento”, disse.
Sobre a vacinação, Confúcio Moura questionou - “já que será setorizada por grupos de risco, idade e outros fatores. Então, nós devemos extrair desse relatório alguns pontos e encaminhar para os órgãos responsáveis, aos quais nós fizemos referências através do relatório do deputado Francisco e dos seus sub-relatores”.
O parlamentar disse que o País não pode viver eternamente em crise, e enfatizou a necessidade de virar a página por décadas perdidas. “Temos que fazer com que a nossa economia, nossa vida, nossa educação, nossos meios de combater pobreza e desigualdade aconteçam de fato. Senão, não justifica a vida, não justifica nossa existência aqui no Congresso Nacional se não formos arautos de transformação para melhor”, concluiu.