O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes arquivou nesta quarta-feira (14) ação contra Michelle Bolsonaro pelos atos de vândalos ocorridos em Brasília, na segunda-feira (12). A informação é da jornalista e apresentadora Daniela Lima, da CNN.
Moraes, no entanto, manteve a ordem para que Ministério da Justiça e Governo do Distrito Federal (GDF) prestem explicações sobre o ocorrido em cinco dias.
A ação foi apresentada pelo senador Randolfe Rodrigues, para que fossem “apurados os atos de violência de bolsonaristas em 12 de dezembro de 2022, pelos fatos e fundamentos, já notórios e perfeitamente sabidos de todos”.
Randolfe alegou que a primeira-dama incentivava e patrocinava manifestantes. Moraes entendeu que o pedido “carece de elementos indiciários mínimos”.
Atos no dia 12
Apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL) realizaram atos de vandalismo na noite de segunda-feira (12) em Brasília. Houve tentativa de invasão a um prédio da Polícia Federal. Carros e ônibus foram incendiados.
Para conter os manifestantes, agentes da Polícia Federal usaram bombas de efeito moral e gás pimenta.
Em nota, a Polícia Militar do Distrito Federal afirmou que o protesto teve início após o cumprimento de um mandado de prisão temporária contra o cacique José Acácio Serere Xavante. A detenção ocorreu pela suposta prática de condutas ilícitas em atos antidemocráticos pelo prazo de dez dias.
Segundo a PF, Xavante teria realizado manifestações de cunho antidemocrático em diversos locais de Brasília, notadamente em frente ao Congresso Nacional, no Aeroporto Internacional de Brasília (onde invadiram a área de embarque), no centro de compras Park Shopping, na Esplanada dos Ministérios (por ocasião da cerimônia de troca da bandeira nacional e em outros momentos).