A Polícia Federal (PF) deflagrou na manhã desta quinta-feira (2) a Operação Expansão em combate ao tráfico internacional de drogas e lavagem de dinheiro. São cumpridos 106 mandados em Rondônia e outros oito estados.
O objetivo da operação é desarticular uma organização criminosa especializada no tráfico internacional de drogas utilizando pistas aeroportuárias, algumas clandestinas e outras regulares, em Rondônia.
Segundo a PF, entre os mandados estão 19 de prisão preventiva, 35 de busca e apreensão e 42 de sequestro de bens. Sendo que os mandados de sequestro estão relacionados a 12 imóveis, 22 automóveis de luxo e 18 aeronaves.
Os mandados são cumpridos em várias cidades de Rondônia, entre elas: Porto Velho, Ariquemes e Cacoal. Além de outros estados, como: Humaitá (AM), Itaituba (PA), Centenário (TO), Teresina (PI), Cuiabá (MT), Várzea Grande (MT) Pontes e Lacerda (MT), Sapezal (MT), Vila Bela (MT), Macapá (AP), Caconde (SP), Bragança Paulista (SP), Barra Velha (SC) e Ponte Serrada (SC).
Segundo a PF, as investigações começaram em 2020. Os agentes descobriram que integrantes da organização criminosa usavam pequenas aeronaves para colocar no Brasil a cocaína vinda da Bolívia, Peru e Colômbia.
"Devido ao inquérito policial foi possível frustrar três remessas de cocaína da organização que estavam sendo transportadas em pequenas aeronaves. As apreensões totalizaram cerca de 1,3 tonelada e, em uma delas, houve a prisão em flagrante de um indivíduo quando a aeronave carregada com 579 kg de cocaína foi interceptada pela Polícia Federal e Força Aérea Brasileira (FAB) em Porto Velho", informou a PF.
Ainda de acordo com a Polícia Federal, as investigações continuaram até que foram identificados "núcleos traficantes" com mesmo modus operandi nos estados do Amapá, Amazonas, Mato Grosso, Pará e Tocantins.
"Esses núcleos se uniam de acordo com suas conveniências, oportunidades de negócios e necessidade mútuas para revezarem suas dinâmicas logísticas sempre buscando melhor resultado no transporte", disse a PF.
Para ocultar o dinheiro vindo do tráfico, a organização criminosa também cometia o crime de lavagem de dinheiro.
Durante as investigações foi feito levantamento patrimonial e identificados imóveis, veículos de luxo e aeronaves, no nome de laranjas.
Dependendo da participação, os indiciados responderão pelos crimes de tráfico internacional de drogas, organização criminosa e lavagem de dinheiro, cujas penas somadas podem ultrapassar 44 anos de prisão em regime fechado. Fonte: G1