A todo instante, somos bombardeados por pensamentos espontâneos que surgem na nossa cabeça. Na Psicologia, os chamamos de pensamentos automáticos e eles se referem às interpretações que fazemos a todo instante. Esses pensamentos automáticos podem ser verdadeiros ou falsos.
Isso porque pensamentos são apenas hipóteses, descrições, perspectivas e até mesmo adivinhações que fazemos. Posso pensar que sou uma girafa, mas isso não significa que eu seja uma. Ou seja, só porque acredito que algo seja verdade, não significa que seja verdade.
Muitas vezes esses pensamentos nos dizem coisas como: “Ele não gosta de você”, “vou ser reprovado na entrevista de emprego “ou “sou um fracasso”, sem nenhuma evidencia de que isso realmente seja verdade. Essas interpretações errôneas são as distorções cognitivas.
Alguns exemplos de distorções cognitivas são:
- Leitura Mental: Você imagina que sabe o que as pessoas pensam sem ter evidências suficientes. Por exemplo: “Ela acha que sou um fracasso”.
- Adivinhação do futuro: Você prevê o futuro – que as coisas vão piorar ou que há perigos pela frente. Por exemplo: “Vou ser reprovada no exame” ou “Não conseguirei o emprego”.
- Catastrofização: Você acredita que o que aconteceu ou vai acontecer é tão terrível e insustentável que não será capaz de suportar. Por exemplo: “Ele não me atendeu, então deve ter se envolvido em um acidente de trânsito e morrido.”
- Pensamento dicotômico (tudo-ou-nada, 8 ou 80): Você vê eventos ou pessoas, em termos de tudo-ou-nada. Por exemplo: “Ou eu sigo 100% da dieta ou eu chuto o balde e como até passar mal.”
Frequentemente nossas emoções desagradáveis estão associadas a essas distorções no nosso pensamento. Isso ocorre porque a forma como interpretamos as situações (os pensamentos automáticos) influenciam na maneira como a gente se sente e afeta como nos comportamos, porque temos uma tendência a interpretá-los como verdadeiros.
Os pensamentos podem sim se mostrar reais, mas ao invés de toma-los automaticamente como verdade absoluta, examine as evidencias a favor ou contra cada um deles. Quando você se sentir ansioso (a), triste ou com raiva, pare por um minuto e pense: o que está se passando pela minha cabeça? É preciso aprender a identificar seus pensamentos e examinar os fatos, ao invés de tomar tudo sempre como verdade. Afinal, nosso cérebro adora nos contar algumas mentirinhas.
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