A Justiça de São Paulo decretou a prisão preventiva da mãe denunciada por participar do estupro e assassinato de Yasmin de Souza, de 13 anos, em Sarutaiá, no interior paulista. Apontado como autor dos crimes, o padrasto da menina já estava preso.
Segundo o Ministério Público de São Paulo (MPSP), Yasmin foi estuprada no dia 9 de abril. Para “garantir a impunidade”, de acordo com a acusação, o padrasto matou a enteada a pauladas na frente da mãe e de dois irmãos menores.
A mãe só chamou a ambulância na manhã seguinte, quando Yasmin já estava morta, segundo o MPSP. Ela também teria acobertado uma série de agressões sofridas pela filha em ocasiões anteriores.
A denúncia foi oferecida pelo promotor Cristiano de Barros Santos, da Promotoria de Justiça de Piraju, do MPSP, e aceita pelo Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP). A prisão da mãe foi decretada na terça-feira (24). Os réus do processo não tiveram os nomes divulgados.
Promotor inclui cinco qualificadoras
O casal vai responder por estupro e homicídio no contexto de violência doméstica. Na denúncia, o promotor incluiu cinco qualificadoras: meio cruel, recurso que impediu defesa da vítima, crime cometido para assegurar a impunidade, além de contra mulher e menor de 14 anos.
A mãe da garota chegou a registrar um boletim de ocorrência dizendo que, ao chegar em casa, se deparou com a filha inconsciente e “bastante machucada”. Aos profissionais de saúde, ela afirmou que a menina tinha caído do telhado meia hora antes.