CANDEIAS: Polícia confirma quebra de sigilo que comprovaram propinas; gado comprado estava na fazenda do sogro do prefeito afastado

Em entrevista coletiva, realizada na manhã desta sexta-feira (16), a delegada Aline Neiva Santos, da Delegacia de Combate à Corrupção (Decor), deu detalhes sobre a 2ª fase da Operação Articulata, que resultou no afastamento, do prefeito de Candeias do Jamari, Valteir Geraldo Gomes de Queiróz, por 90 dias.

A investigação apura a má administração de dinheiro público por parte da atual gestão de Candeias do Jamari, envolvendo fraudes em licitações e não execução de contratos públicos encabeçada por ardis ilegalidades envolvendo agentes públicos e empresários.

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Segundo Aline Neiva, foi constatado que nas contratações das empresas envolvidas, havia superfaturamento e o direcionamento para que elas fossem selecionadas, impedindo a ampla concorrência das licitações.

Com a continuidade das investigações, que iniciaram na primeira fase, foi possível comprovar a ocultação de valores recebidos de forma indevida para a aquisição de gado, ocultados em nome de terceiros, consubstanciando em crime de lavagem de dinheiro.

As medidas representadas pela Polícia foram deferidas pelo Tribunal de Justiça de Rondônia, com o afastamento do prefeito.

Ainda de acordo com delegada, essa segunda fase visava buscar bens ocupados, provenientes de crime de corrupção. Os parentes do prefeito de Candeias foram os alvos da operação.

Para isso, foram expedidos três mandados de busca, que resultaram na apreensão de celulares, de 99 cabeças de gados e constataram a indisponibilidade de valores de contas bancárias.

Segundo a delegada, os gados apreendidos estavam na fazenda do sogro do prefeito de Candeias do Jamari, no interior do Acre.
 

“A aquisição desse gado, foi comprovado por meio da quebra de sigilo bancário, que parte desse valor foi enviado por um dos empresários, já inclusive indiciado junto com o prefeito na primeira fase”, disse a delegada à imprensa.