24/03/2021 às 10h21min - Atualizada em 24/03/2021 às 10h21min

Professora viaja de canoa para ensinar indígenas sem internet

Gazeta Rondônia

Veja o amor pela profissão! Uma professora viaja de canoa até uma comunidade indígena para ensinar crianças que não têm energia elétrica, nem recursos de tecnologia e internet para aulas online.

Graciela Bouche, de 37 anos, ama tanto o que faz que sai da casa dela, numa cidade do Panamá, e vai para uma área rural na província de Colón para ensinar crianças da etnia Emberá.

Elas moram em uma área de selva na cidade de Gamboa, onde o sinal de internet é ruim.

“A decisão foi devido ao problema de conectividade que eles têm e por isso, não estavam recebendo o conteúdo acadêmico como o resto do alunos. Isso me motiva a vir e me aproximar deles para dar uma aula semi-presencial”, explica Graciela em entrevista à mídia local.

A viagem

A professora vai à comunidade uma ou duas vezes por semana. Graciela atravessa o rio Chagres – que divide as províncias do Panamá e Colón – com a ajuda de Madelaine, uma indígena de 25 anos que rema para levar a professora ao porto de Ella Puru.

Graciela leva junto um quadro-negro, um laptop e um pouco de comida para o alunos.

Segundo a professora, antes da pandemia, as crianças de Ella Puru e de outras comunidades próximas normalmente iam a uma escola na província do Panamá, cruzando o rio e depois pegando o ônibus escolar em uma viagem de 40 minutos.

Evelyn Cabrera, secretária da comunidade Ella Puru e mãe de uma criança que está na primeira série, comentou que em sua localidade não há luz elétrica e que o celular nem sempre é uma opção.

“O sinal do telefone não passa aqui, não há dispositivos para conexão e as páginas da web não entram”, explica.

Elo com outros professores

Mas, Graciela vem fazendo a diferença para que os filhos da tribo tenham uma boa educação.

Ela se tornou o elo dos alunos e demais professores, ao levar o computador e o celular para que as crianças possam fazer videochamadas e ter aulas de outros assuntos.

“A experiência tem sido boa. A jornada é longa e perigosa. Mas ela faz isso pelo amor das crianças e nós estamos aqui para apoiar a professora ”, agradeceu Evelyn em nome dos pais da comunidade. Fonte R7


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