Rondônia tem oito mortes por dengue registradas entre os dias 1º de janeiro e 10 de junho de 2023, segundo relatório da Agência Estadual de Vigilância em Saúde (Agevisa) divulgado nesta quinta-feira (22). Mais de 80% dos municípios estão em surto da doença.
Mais de 8,8 mil casos foram confirmados em todo o estado e outros 1.747 ainda estão em investigação. Atualmente, Rondônia tem uma incidência de 673,69 casos de dengue por 100 mil habitantes.
No mesmo período de 2022 foram registrados 5.539 pacientes com a doença e 20 mortes.
Alerta e surto de dengue
Estão em alerta de dengue sete municípios, sendo eles: Buritis, Candeias do Jamari, Machadinho d'Oeste, Nova União, Ouro Preto D'Oeste, Porto Velho e Urupá;
Já em surto da doença estão 44 municípios, ou 84% do estado, sendo: Alta Floresta D'Oeste, Alto Alegre dos Parecis, Alto Paraíso, Alvorada D'Oeste, Ariquemes, Cabixi, Cacaulândia, Cacoal, Campo Novo de Rondônia, Castanheiras, Cerejeiras, Chupinguaia, Colorado D'Oeste, Corumbiara, Costa Marques, Cujubim, Espigão D'Oeste, Gov. Jorge Texeira, Guajará - Mirim, Itapuã D'Oeste, Jaru, Ji - Paraná, Ministro Andreazza, Mirante da Serra, Monte Negro, Nova Brasilândia, Nova Mamoré, Novo Horizonte do Oeste, Parecis, Pimenta Bueno, Pimenteiras do Oeste, Presidente Médici, Primavera de Rondônia, Rio Crespo, Rolim de Moura, Santa Luzia D'Oeste, São Felipe D'Oeste, São Francisco do Guaporé, Seringueiras, Texeirópolis, Theobroma, Vale do Anari, Vale do Paraíso e Vilhena.
Arboviroses
São consideradas arboviroses doenças causadas por vírus transmitidos por mosquitos. As principais são dengue, zika e chikungunya.
De acordo com o boletim epidemiológico da Agevisa, zika e chikungunya apresentam situação satisfatória no estado nos primeiros meses deste ano, estando ambas com menos de 30 casos confirmados e nenhuma morte registrada.
LIRAa
O Levantamento Rápido de Índices para o Aedes aegypti (LIRAa) é uma metodologia que permite o conhecimento de forma rápida, por amostragem, da quantidade de imóveis com a presença de recipientes com larvas de Aedes aegypti.
Este ano foram realizadas duas edições do LIRAa em Rondônia, sendo o primeiro entre janeiro e fevereiro e o segundo no mês de maio. A terceiro edição está prevista de 17 de julho a 8 de agosto.
O que é a dengue?
O vírus da dengue é transmitido pela picada da fêmea do mosquito Aedes aegypti e possui quatro sorotipos diferentes: DENV-1, DENV-2, DENV-3 e DENV-4 - todos podem causar as diferentes formas da doença.
Todas as faixas etárias são igualmente suscetíveis à doença, porém as pessoas mais velhas e aquelas que possuem doenças crônicas, como diabetes e hipertensão arterial, têm maior risco de evoluir para casos graves e outras complicações que podem levar à morte.
Principais sintomas
Febre alta > 38°C
Dor no corpo e articulações
Dor atrás dos olhos
Mal-estar
Falta de apetite
Dor de cabeça
Manchas vermelhas no corpo
A infecção também pode ser assintomática ou apresentar quadro leve. A forma grave da doença inclui dor abdominal intensa e contínua, náuseas, vômitos persistentes e sangramento de mucosas.
Segundo o Ministério da Saúde, a primeira manifestação da dengue é a febre alta (>38°C), de início abrupto, que geralmente dura de 2 a 7 dias, acompanhada de dor de cabeça, dores no corpo e articulações, além de prostração, fraqueza, dor atrás dos olhos, e manchas vermelhas na pele. Também podem acontecer erupções e coceira na pele.
Ao apresentar os sintomas, é importante procurar um serviço de saúde para diagnóstico e tratamento adequados.
Tratamento
Não existe um medicamento específico para a doença. A medicação serve basicamente para aliviar as dores.
A hidratação do paciente é parte importante do tratamento, pois a dengue é uma doença que faz a pessoa perder muito líquido. Por isso, é preciso beber muita água, suco, água de coco ou isotônicos.
Como evitar a dengue?
Evite qualquer reservatório de água parada sem proteção em casa. O mosquito pode usar como criadouros grandes espaços, como caixas d'água e piscinas abertas, até pequenos objetos, como tampas de garrafa e vasos de planta.
Coloque areia no prato das plantas ou troque a água uma vez por semana. Mas não basta esvaziar o recipiente. É preciso esfregá-lo, para retirar os ovos do mosquito depositados na superfície da parede interna, pouco acima do nível da água. O mesmo vale para qualquer recipiente com água.
Pneus velhos devem ser furados e guardados com cobertura ou recolhidos pela limpeza pública. Garrafas pet e outros recipientes vazios também devem ser entregues à limpeza pública. Vasos e baldes vazios devem ser colocados de boca para baixo. Limpe diariamente as cubas de bebedouros de água mineral e de água comum. Seque as áreas que acumulem águas de chuva. Tampe as caixas d’água.
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