02/07/2023 às 20h56min - Atualizada em 02/07/2023 às 20h56min

Médica de 27 anos morre após fraturar o pé durante passeio

Gazeta Rondônia

A médica acreana Adriana Rodrigues Laurentino, de 27 anos, morreu na noite do dia 24 de junho no Hospital Regional do Alto Acre, em Brasiléia, interior do Acre, de embolia pulmonar depois de fraturar o pé esquerdo em um passeio na Bahia (BA).

Adriana morava e trabalhava na cidade de Camaçari, interior do estado baiano, há cerca de um ano. Ela se mudou para o estado para fazer especialização em saúde da família. A especialização seria concluída em 2024 e, possivelmente, voltaria para o Acre.


 A prima de Adriana e também médica, Renata Lopes, disse que a profissional decidiu viajar para o Acre após ficar de atestado médico por conta da fratura. Sem nenhum parente em Camaçari, Adriana pegou um avião para o Acre na sexta-feira (23/6).

 
"A família toda está no Acre, ela estava com o pé fraturado e não tinha como ficar dentro do apartamento, estava de atestado. A família se disponibilizou a mandar alguém ficar com ela, mas disse que vinha. Esse voo que foi o problema, muito tempo dentro do avião, a perna parada e tudo contribuiu para a embolia pulmonar", contou.

Ainda segundo Renata, a médica passou mal ainda no aeroporto de Brasília. Lá, ela foi atendida por uma equipe médica no pronto-atendimento do aeroporto e avisada que seria levada para uma unidade de saúde do estado. Contudo, segundo a família, Adriana pediu, após acordar do desmaio, para continuar a viagem até o estado acreano.
 
"Fizeram todos os procedimentos corretos, toda documentação e iam encaminhar ela para um hospital de Brasília. Esse seria o correto. Quando ela recobrou a consciência, conversou com a médica e pediu para vir para o Acre, a médica acabou concordando, deu o laudo dela e ela seguiu o voo. Esse foi o erro. É muito importante que um médico, mesmo que o paciente peça de todas as formas possíveis para seguir viagem, não deixar já que corre o risco de morte no voo. Ela não tinha como embarcar", lamentou.

Dia com a família

Ao desembarcar na capital Rio Branco, no sábado (24/6), Adriana pegou um táxi para Brasiléia e foi recebida pela família. Segundo Renata, a médica passou o dia conversando, brincando e matando a saudade dos parentes.

Aparentemente, Adriana estava bem.
 
"Oito horas da noite, mais ou menos, vim embora para casa e quando foi umas 9 horas, minha mãe me ligou pra eu correr pro hospital que ela estava sendo intubada. Ela morreu 11 horas da noite do sábado, foi muito rápido. A equipe de Brasiléia está de parabéns, vi eles fazendo tudo que era possível, porém, não tinham mais o que fazer. Tinham dois médicos, além do restante da equipe, tentando reanimar ela por mais de 40 minutos e não deu certo", recordou.

Renata acrescenta que o velório de Adriana reuniu vários profissionais da medicina do Acre. O momento foi marcado por comoção e boas recordações.
 
"Todos falaram que ela era a mais estudiosa na sala de aula, mais esforçada, que ajudava todo mundo e sempre foi a aluna estrela do curso de medicina", destacou.

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Fonte: G1.


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