27/07/2023 às 23h56min - Atualizada em 27/07/2023 às 23h56min

JARU: IFRO apresenta projeto da Escola do Chocolate ao senador Confúcio Moura

Gazeta Rondônia

O diretor geral do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Rondônia (IFRO), campus Jaru, professor Renato Delmonico, apresentou nesta quinta-feira (27) ao senador Confúcio Moura (MDB-RO) o projeto Escola do Chocolate, que será a maior da América Latina.

O evento realizado no campus do IFRO de Jaru, contou com a presença do vice-prefeito Jeverson Lima, dos vereadores Francisco Hildemburg Costa Bezerra (Chiquinho da Emater), Professora Damiana, da gerente Regional do Sebrae de Jaru, Marcileide Zirondi, da gerente do Sebrae em Jaru, Aniele Caroline Tesser, do agricultor Deoclides Pereira da Silva, vencedor do melhor cacau do Brasil, entre outros.


O projeto deverá fomentar a cadeia produtiva do cacau em Rondônia, desde o plantio, colheita, pós-colheita, processamento de amêndoas e subprodutos.

Jaru, está localizada na região central do estado, tem mais de 51 mil habitantes, área de 2,9 mil Km², e situa-se numa altitude de 124m, a 292 quilômetros de Porto Velho.

Em 2022, as indústrias nacionais receberam 205,7 mil toneladas de amêndoas de cacau, um aumento de 4,1% em comparação com as 197,6 mil toneladas do ano anterior, conforme dados divulgados pelo SindiDados – Campos Consultores e divulgados pela Associação Nacional das Indústrias Processadoras de Cacau.
 
“Esse projeto foi abraçado de imediato pelo senador Confúcio Moura, recebendo R$ 5 milhões de emenda parlamentar dele, para um trabalho de três anos com produção e distribuição de mudas, e assessoramento aos produtores rurais”, comentou Delmonico.

Na Escola do Chocolate acontecerá o processamento do produto e cursos de capacitação constantes para toda a comunidade estadual no setor.

Delmonico acredita no impacto socioeconômico na região.
 
“As famílias saem de sua propriedade e voltam mobilizando outras fontes de renda e a sua produção. Quando a gente consegue investir na qualidade do cacau, essa amêndoa duplica e triplica de valor; quem estiver no projeto será contemplado.” Destacou.

Marcileide Zirondi disse que a parceria com a escola e o apoio do senador Confúcio Moura são fundamentais, porque vão ao encontro de três pilares: o social, o econômico e o sustentável.
 
“É uma oportunidade única para o nosso estado divulgarmos esse precioso produto que nos dá energia e alimento com nutrientes para o dia a dia”. Afirmou Zirondi.

O vereador Chiquinho da Emater vê a possibilidade de êxito em todas as vertentes: produtividade, rentabilidade e qualidade de vida do homem do campo.
 
“São 750 metros quadrados, é o maior da América Latina, e de certa forma irá trazer a expansão da lavoura cacaueira com sustentabilidade no estado, o cacau estava adormecido há quase 40 anos, os produtores não mais acreditavam nessa cultura, e hoje, Jaru, na condição de Capital do Cacau, está impulsionando esse projeto”, pontuou Chiquinho.

Campeão de produtividade, o agricultor Deoclides Pereira da Silva está satisfeito porque representará o Brasil na Holanda em fevereiro de 2024. Ele elogiou o apoio do senador Confúcio Moura com vistas à revitalização da lavoura cacaueira em diversos municípios de Rondônia.
 
“O senador também está apoiando a Escola do Chocolate aqui em Jaru, que vai beneficiar centenas de famílias; é muito importante a profissionalização do povo que trabalha com cacau.” Disse Silva.

“Queremos reiniciar o plantio do cacau, mais massivo, e aqui no Jaru já tivemos excelentes e cuidadosos plantadores e eles ganham todos os prêmios”, disse o senador Confúcio em entrevista ao diretor da Rádio Massa, Ivan Lelis. Para ele, o funcionamento do laboratório e do processamento da produção dentro do IFRO muito facilitam a obtenção de um chocolate bom, com o devido controle no teor de açúcar, “tudo dosado de acordo com a preferência do público do estado, do Brasil e do mundo.”

O senador lembrou aspectos a serem considerados: Rondônia possui atualmente mudas de cacaueiros tolerantes a doenças, entre elas a Crinipellis perniciosa (“vassoura de bruxa”) que ataca: almofadas florais, frutos e brotos; e o fungo Moniliophthora roreri (“monilíase”), que ataca somente os frutos do cacaueiro em qualquer fase do desenvolvimento.

Comentou ainda o fato de o chocolate europeu ser até então produzido em países que não possuem um pé de cacau. “Eles compram cacau da Bahia, do Pará, e da África em grande quantidade; então, da mesma forma que o algodão, o milho e a soja são exportados, o cacau também será exportado, e temos que voltar a ser o grande produtor brasileiro.”

“É uma semente boa que estamos semeando”, afirmou o senador ao comentar o uso da técnica. Confúcio manifestou-se confiante em que a Ceplac e a Emater ofereçam todas as condições para o êxito da revitalização dessa cultura.

Autor de emenda parlamentar contemplando a aquisição de 3 milhões de mudas de cacau clonal, o senador acredita que o IFRO e a Embrapa têm condições de adquiri-las e distribuí-las aos secretários municipais de agricultura.
 
“A Emater classifica as pessoas interessadas no plantio e um vendo o outro ganhando dinheiro também optará pelo cacau, numa cópia que vai se estendendo, e feliz do projeto do qual lá na frente você perde o controle dele: começa pequeno e se torna grande.” Finalizou Confúcio.

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Fonte: ANotíciaMais.


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