23/09/2023 às 09h40min - Atualizada em 23/09/2023 às 09h40min

Processo utilizado para diagnóstico de câncer de sangue reduz gastos com leucemia infantil no Brasil

Gazeta Rondônia
Agência Bori

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Cientistas demonstraram como a implementação do chamado “teste reflexo” em laboratórios pode aumentar a assertividade no diagnóstico de leucemia infantil ao reduzir o tempo de espera pelos resultados e a necessidade de coleta adicional de amostras. O processo exclui exames desnecessários e garante que os exames corretos sejam realizados para definir o diagnóstico no menor tempo possível. A análise foi conduzida por pesquisadores do laboratório Flow Diagnósticos, em São Paulo, e do Serviço de Pediatria e Oncohematologia do Hospital Infantil Nossa Senhora da Glória (HINSG), no Espírito Santo, e publicada na sexta (22) na revista “American Association for Clinical Chemistry”.

O laboratório processou 1.142 amostras de pacientes do HINSG, um hospital público localizado a mil quilômetros de São Paulo para o diagnóstico ou detecção de doença residual, resultando em 1629 testes laboratoriais.

 
“Os custos atuais e outros problemas que detectamos no diagnóstico – como o tempo de espera – podem impactar no tratamento e nos resultados deste tratamento. Quanto mais imediato o resultado, mais cedo os pacientes iniciam o tratamento e o tempo de resposta aos medicamentos e terapias podem ser reduzidos, daí o valor deste diagnóstico acessível”, comenta Rodrigo Proto-Siqueira, do Laboratório Flow Diagnósticos, co-autor do estudo.

O processo testado consiste na implementação de um laboratório remoto, com assessoria médica em tempo real e de testes reflexos. Ele reduziu 20% o custo por exame e aumentou 34% na realização de exames de triagem de leucemias e de monitoramento de doença residual.

De acordo com Proto-Siqueira, os resultados pretendem causar um grande impacto na saúde pública, suplementar e privada do Brasil por meio do auxílio no diagnóstico da leucemia e outras doenças, incentivando a redução de custos e o aumento da eficiência nos cuidados da saúde. No país, em média, temos 1 hospital para cada 605 mil habitantes, são 2.725 hospitais públicos e 347 centros de assistência de alta complexidade em oncologia.

Atualmente mais de 70% dos serviços de diagnóstico e tratamento de câncer de alta complexidade são realizados pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Para o pesquisador, “os resultados mostram o valor da transição dos modelos atuais de prestação de serviços para modelos inteligentes, de alto valor agregado, que proporcionem uma gestão diferenciada dos recursos da saúde, incluindo diagnósticos imediatos e acessíveis”.

Olhando para o futuro, Proto-Siqueira explica:
 
“Esperamos levar o método para outras instituições públicas e filantrópicas, assim como colaborar com algumas operadoras de saúde do país”. 
 
Além disso, o pesquisador também almeja avaliar o impacto direto na vida das pessoas que se beneficiaram com o diagnóstico rápido e preciso, bem como os resultados das condutas clínicas e terapêuticas derivadas das informações obtidas por meio da estratégia de testes reflexos e laboratório remoto integrado.

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Fonte: Agência Bori.

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