“Não temos liberdade para falar o que queremos, principalmente quando se trata de denunciar algo que está errado, porque é perigoso. Também procuramos não entrar em conflito com os municípios onde um parente [indígena] trabalha, para evitar que ele sofra retaliações”, explica a comunicadora indígena e produtora de podcast Cláudia Ferraz, do povo wanano.
“Estamos cercados por grileiros, fazendeiros armados, pelas milícias rurais. Temos que ter cuidado com as fontes e com aquilo que escrevemos. Os jornalistas que vivem aqui sabem que são alvos”, analisa o jornalista freelancer Francisco Costa, que trabalha em Porto Velho, metrópole com mais de 460 mil habitantes e capital do estado.