13/12/2023 às 13h17min - Atualizada em 13/12/2023 às 13h17min

Panorama das possíveis candidaturas para a prefeitura de Porto Velho

Antes do final do ano, muitas especulações surgem no contexto político

Gazeta Rondônia

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A presente série de análises irá examinar as possíveis e factíveis pré-candidaturas da capital de Rondônia, a cidade de Porto Velho.

Fernando Máximo (União Brasil)


Um dos nomes mais lembrados é Fernando Máximo.

A seu favor, conta a “memória” da mais expressiva votação de Deputado Federal, onde cumpre o mandato. É carismático e maneja muito bem as redes sociais, onde tem desembolsado muito dinheiro para aparecer.

Em seu desfavor, alguns aspectos.

Na dimensão social, ele é lembrado como Secretário de Saúde quando Rondônia sofreu a maior perda de vidas humanas de sua história. O quanto disso é sua responsabilidade, de fato e de direito, e o quanto isso afetará sua nova performance eleitoral.

Também, à boca pequena, muito se fala sobre possíveis apurações de órgãos investigativos, incluindo a Polícia Federal, durante sua condução na pasta. A mais citada é a 3ª fase da Operação Polígrafo, realizada em agosto de 2023 [confira mais aqui https://www.gov.br/pf/pt-br/assuntos/noticias/2023/08/pf-deflagra-3a-fase-da-operacao-poligrafo ].

Outro ponto que pesa fortemente sobre ele é a falta de domínio sobre uma sigla partidária, notadamente, o partido onde está hoje filiado, o União Brasil.

Mariana Carvalho (Republicanos)

Outro nome citado é a ex-deputada federal. Embora com pouca idade (menos de 40 anos), Mariana é bem testada nas urnas. Teve uma rápida ascensão de vereadora na capital, onde, mesmo com um mandato pífio, projetou-se candidata à Prefeitura de Porto Velho e, derrotada, foi eleita 02 anos depois para o primeiro mandato de Deputada Federal.

É médica, por formação, embora não se tenha notícias de onde atue profissionalmente. Também é formada em Direito, sem inscrição na OAB/RO.

A pouca idade não pode ser subestimada, ela é parte de um clã enraizado na política local, fundado pelo patriarca, Dr. Aparício Carvalho de Moraes, que foi Deputado Federal e Vice-Governador e Secretário de Estado da Saúde. Hoje, o irmão de Mariana é Deputado Federal, em uma cadeira cativa do clã familiar.

Em 2022, abandonou o ninho do PSDB e fez uma conversão de conveniência à extrema Direita, indo ao Republicanos.

No ano de 2022, sofreu uma avassaladora derrota para o Senado: mesmo tendo ficado em segundo lugar na classificação geral, foi derrotada por um neófito, o hoje Senador Jayme Bagattoli. Mariana contava com o apoio do Governo Estadual, da Prefeitura da Capital e de mais de 50 candidatos a deputados estaduais. Mesmo com o poderio financeiro da milionária família, não conseguiu alavancar sua candidatura.

Embora não se possa subestimar os efeitos sedutores dos milionários na política, Mariana não é uma política em ascensão.

Williames Pimentel (MDB)

Comumente descrito como “um trator de trabalho”, ocupou inúmeros cargos públicos ligados à saúde pública. Chegou a assumir a cadeira de Deputado Estadual, após um parlamentar ter o diploma cassado pelo TSE. Pimentel ficou no cargo até o início de 2023. Em meados de 2023, foi nomeado diretor-administrativo da AgSUS, ligado ao apoio da execução.

Hoje, integra o Governo Federal.

Já foi candidato a Prefeito em 2022. Conta com o apoio irrestrito do ex-Governador e Senador Confúcio Moura.

Tem se pronunciado publicamente em defesa da consolidação democrática e de uma política que sirva a todos.

Vinicius Miguel (PSB)

O professor e advogado Vinicius é uma candidatura que tem caminhada “solo”: sem padrinhos e sem apoios tradicionais.

É um professor de carreira da Universidade Federal de Rondônia, doutor pela UFRGS.

Conhecido nacionalmente pela atuação jurídica, é um prestigiado advogado e acadêmico.

Antes, foi filiado à Rede Sustentabilidade, quando foi candidato ao Governo do Estado (ficando em 4º lugar) e ajudou a construir o Cidadania23 (antigo PPS) no Estado de Rondônia.

Em 2022, em sua segunda candidatura, ficou em 3º lugar na eleição da Prefeitura, desbancando candidaturas apoiadas pelo Governo Federal e nomes experientes.

Nos últimos anos, teve suas bases de apoio ampliadas pelo ex-Deputado Federal Mauro Nazif, de quem herdou o comando partidário.

Tem bastante entrada em vários segmentos sociais, embora se mantenha afastado (ou isolado) de grupos já cristalizados. Seu prestígio e experiência em debates políticos são um diferencial que não pode ser ignorado.

Léo Moraes (PODEMOS)

Um nome por vezes lembrado é o do ex-Deputado Federal Léo Moraes.

Léo Moraes é filho de um grupo que também ocupou vários mandatos, o ex-parlamentar Paulo Moraes e sua mãe, Sandra Moraes.

Na última eleição, em 2022, após não ter construído uma nominata de Deputado Federal, lançou-se candidato ao Governo, onde não teve uma presença marcante.

Após, se abrigou no Governo do Estado, onde hoje é funcionário no DETRAN/RO, batendo continência ao Coronel que é Governador.

Encontra-se atualmente sem grupo, uma vez que definitivamente não terá o apoio do Governo do Estado e tampouco do atual grupo da Prefeitura.

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Fonte: Gazeta de Brasília.

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