A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) prendeu, nessa terça-feira (2/1), os autores de um latrocínio seguido de ocultação de cadáver em Itabirito, na Grande Belo Horizonte. Um homem, duas mulheres e um menor foram responsáveis por enforcar, até a morte, Leone Lucas dos Santos, de 22 anos, e, em seguida, jogar o corpo no rio Itabirito. Ele estava desaparecido desde 28 de dezembro.
A morte foi confirmada nesta quarta-feira (3/1). De acordo com o delegado Alexandre Oliveira da Fonseca, Leone aceitou uma corrida próximo ao Rancho do Boi, na divisa entre BH e Nova Lima e, receoso, pediu um adiantamento de R$ 100, que foi feito por uma das mulheres. Numa parada para abastecer o carro, enquanto o motorista estava fora do veículo, foi planejada a dinâmica do crime.
A viagem seguiu até passarem a barreira da Polícia Rodoviária Estadual. Depois, o homem simulou um enjoo enquanto o menor fazia uma espécie de corda com a camiseta que vestia. Quando o carro parou, passaram a corda pelo pescoço de Leone, que morreu por enforcamento.
O carro seguiu com o menor na condução por mais 4 km, e descartaram o corpo no rio Itabirito. Passaram para uma estrada rural, onde descartaram os pertences do motorista, e abandonaram o carro a cerca de 800m do local para seguirem para casa. Chegando, acionaram o aplicativo para denunciar um falso furto.
Os pertences e o carro foram encontrados no Bairro Marzagão, em Itabirito, os pneus foram furados e o para-choque, arrancado. Os autores foram identificados com informações adquiridas pela empresa do aplicativo, que identificou a pessoa que fez a última corrida com Leone.
Moradores da região onde o carro foi encontrado relataram que as mulheres, que são irmãs, teriam participado do crime com seus respectivos namorados, um deles menor de idade. O grupo será julgado pelos crimes de latrocínio – roubo seguido de assassinato –, ocultação de cadáver e corrupção de menores.
Leone era morador do Aglomerado da Serra, na Região Centro-Sul de Belo Horizonte, e pegou a corrida por volta da meia-noite. Ainda de acordo com a PCMG, o motorista teria mandado uma mensagem para a sogra durante o trajeto afirmando que a corrida estava estranha e que ele estava com medo, tendo compartilhado sua localização em tempo real, que parou ainda em Nova Lima. Pouco tempo depois, o telefone já não recebia chamadas e, desde então, a família não teve mais notícias de Leone.
O Corpo de Bombeiros realizou buscas no rio Itabirito, mas acredita-se que, por conta das chuvas, o corpo tenha sido levado pela força das águas. Fonte: Correio Braziliense