Moradores da Comunidade Quilombola de Santa Cruz em Pimenteiras do Oeste (RO) estão tendo a oportunidade de participar gratuitamente da "3ª Oficina de Fotografia: Faces do Quilombo". O projeto conta com fomento do edital Funarte Retomada 2023 - Artes Visuais. As aulas estão sendo ministradas gratuitamente na Comunidade Quilombola de Santa Cruz em Pimenteiras do Oeste.
Segundo a coordenadora do projeto, a produtora cultural e jornalista Andréia Machado, 100 alunos estão participando do projeto que conta com aulas teóricas e práticas de fotografia, proporcionando-lhes uma experiência enriquecedora no campo das artes visuais. De acordo com Andréia Machado, o objetivo principal do projeto é fortalecer as identidades locais, valorizar a cultura afro-brasileira e combater o racismo, utilizando a poderosa ferramenta da fotografia como meio de expressão e conscientização.
Andréia Machado conta que os alunos já tiveram aulas com aspectos técnicos e práticos da fotografia, rodas de conversa para promover a reflexão e o compartilhamento de experiências entre os participantes. Além disso, está previsto ainda no projeto um passeio fotográfico pela comunidade, incentivando a preservação da cultura local e o diálogo intercultural.
Ela ressalta que ao final da oficina, será realizada uma exposição das fotos produzidas pela comunidade quilombola, proporcionando uma oportunidade para autoexpressão e conscientização cultural. Para Andréia Machado, essas imagens não são apenas fotografias comuns, mas sim janelas para as vidas, experiências e perspectivas dos membros da Comunidade Quilombola de Santa Cruz.
É importante ressaltar que todos os participantes receberão certificados de participação. A acessibilidade também está sendo assegurada, com visitas orientadas com audiodescrição e instalações adaptadas para pessoas com mobilidade reduzida, promovendo a inclusão e a igualdade de acesso. Para o sociólogo Marcio Guilhermon que conduziu as rodas de conversa, participar do projeto '3ª Oficina de Fotografia: Faces do Quilombo' é uma experiência enriquecedora e transformadora para todos os envolvidos.
“Ao conduzir as rodas de conversa, pude testemunhar de perto o impacto profundo que a fotografia teve na forma como os alunos percebem suas identidades e lutam contra o racismo. Foi inspirador ver como cada aluno mergulhou nas discussões sobre o poder da imagem e como ela pode ser uma ferramenta poderosa para fortalecer identidades culturais e combater estereótipos prejudiciais. Ao refletir sobre suas próprias narrativas e as narrativas da comunidade quilombola, os alunos foram capazes de se reconectar com suas raízes e reivindicar seu espaço na sociedade. A fotografia tornou-se um meio de expressão e empoderamento, permitindo que cada um compartilhasse sua visão única do mundo e desafiasse os padrões de representação tradicionais. É uma honra participar deste projeto e poder contribuir para a construção de um mundo onde a diversidade é celebrada e o racismo é combatido ativamente", disse Marcio Guilhermon.
Andréia Machado informa que a "3ª Oficina de Fotografia: Faces do Quilombo" acontece desde o mês de fevereiro e segue até abril de 2024, totalizando 20 horas de duração. É uma oportunidade única de promover a valorização da cultura quilombola e contribuir para a construção de uma sociedade mais inclusiva e igualitária.
"Quero parabenizar todos os alunos pela dedicação e entusiasmo demonstrados ao longo desta oficina de fotografia. É inspirador ver o comprometimento de cada um pela arte da imagem, isso reflete o verdadeiro espírito de aprendizado e crescimento. Estou extremamente orgulhoso de cada um dos alunos", elogiou o Washington Kuipers, um dos professores de fotografia da oficina.
Andréia Machado expressa sua gratidão à Fundação Nacional de Artes - Funarte pelo apoio que tornou possível a realização deste projeto significativo. Ela destaca a importância dessa iniciativa como um momento de celebração da criatividade, das narrativas individuais e do poder transformador da fotografia.
“É emocionante e gratificante ver o entusiasmo dos alunos durante as aulas de fotografia. Estou imensamente grata à Fundação Nacional de Artes - Funarte pelo apoio que tornou possível a realização deste projeto tão significativo, que vai além de simplesmente ensinar fotografia, mas sim, promover a valorização da cultura quilombola e o combate ao racismo. Este é um passo significativo para valorizar a cultura quilombola na Amazônia e promover a inclusão através das artes visuais", finalizou Andréia Machado. Fonte: Assessoria