18/05/2024 às 21h55min - Atualizada em 18/05/2024 às 21h55min

Instituto Banzeiro da Amazonia realiza evento da campanha “Faça Bonito” neste dia 18 de maio em Porto Velho

Dia nacional de combate e enfrentamento ao abuso e a exploração sexual de crianças e adolescentes

Gazeta Rondônia

O Instituto Banzeiro da Amazônia, ONG sem fins lucrativos com sede em Porto Velho e Manaus, realizou na tarde deste sábado, 18 de maio, um evento no complexo da estrada de ferro Madeira-Mamoré, alusivo a campanha maio laranja “Faça Bonito” no dia nacional de combate e enfrentamento ao abuso e exploração sexual de crianças e adolescentes.

Na ocasião foram realizadas palestras, rodas de conversas e dinâmicas infantis organizadas pelos membros do Instituto Banzeiro da Amazônia.

Para a presidente do Instituto, psicóloga Anne Cleyanne, a data é muito importante para a conscientização da sociedade pela responsabilidade pelas crianças e adolescentes.

 
“O Estatuto da Criança e do Adolescente – ECA é muito claro, todas as pessoas adultas são responsáveis, portanto, é dever da família, da sociedade e do estado cuidar das nossas crianças e adolescentes. Não se cale em qualquer situação de suspeita de abusos, denunciem, uma criança próxima a você pode estar sendo vítima de violência sexual, as pesquisas mostram que a maioria dos abusadores são membros da família, ou seja quem deveria proteger e cuidar, denunciem, disque 100 que é um número disponível 24 horas e você não precisa se identificar, não se cale, denuncie e ajude nossas crianças”. Destacou Cleyanne.
 
Atualmente o Brasil ocupa o segundo lugar no ranking mundial de exploração sexual de crianças e adolescentes, vitimando mais de 500 mil todo ano. Perdendo apenas para a Tailândia, os dados foram levantados pelo Instituto Liberta @institutoliberta. É compromisso do Instituto Banzeiro da Amazônia proteger as crianças.

É necessário e urgente garantir a todas as crianças e aos adolescentes o direito ao seu desenvolvimento de forma segura, protegida e livre do abuso e da exploração sexual. A violência sexual praticada contra crianças e adolescentes envolve vários fatores de risco e vulnerabilidade quando os marcadores sociais como as relações de gênero, raça/etnia, orientação sexual, classe social, local de moradia (rural ou urbana), condições econômicas e fatores geracionais são observados.

Desse modo, devemos sempre atentar que nessa violação de direito são estabelecidas relações de poder nas quais tanto pessoas adultas e/ou redes de exploração utilizam crianças e adolescentes para satisfazerem seus desejos e fantasias sexuais e/ou obterem vantagens financeiras e lucros. Nesse contexto, a criança ou adolescente é tratada como “coisa” e não como sujeito de direitos.  Trata-se da “coisificação”, ou ainda, da desumanização das infâncias e das adolescências que ficam desprovidas de humanidade e de proteção. É importante destacar também que a violência sexual está classificada em duas modalidades, o abuso sexual e a exploração sexual.

Abuso Sexual: é a situação de uso excessivo, de ultrapassagem de limites: dos direitos humanos, legais, de poder, de papéis, de regras sociais e familiares e de tabus, do nível de desenvolvimento da vítima, do que esta sabe, compreende, pode consentir e fazer.
 
Exploração Sexual: é a compra e venda de crianças e de adolescentes (por vezes sequestrados ou roubados) pelo explorador, caracterizando-se uma relação de propriedade e de comercialização de vidas humanas, nas quais a mercadoria não são os serviços sexuais prestados pela trabalhadora, mas sua própria pessoa.

INSTITUTO BANZEIRO DA AMAZÔNIA

O Instituto Banzeiro da Amazônia, foi instituído em Assembleia em maio de 2023, com sede em Porto Velho, no estado de Rondônia e Manaus no estado do Amazonas e tem o objetivo de emancipação dos povos Amazônicos, garantia de direitos de mulheres, crianças, indígenas, territórios e direitos humanos na Amazônia ocidental.

Siga o Banzeiro da Amazonia no Instagram.



Assessoria.


Notícias Relacionadas »
Comentários »