Em fevereiro de 2025, foi implementado um plano de manejo para o controle do pirarucu na Reserva Extrativista (Resex) de Pedras Negras, localizada em São Francisco do Guaporé, na fronteira com a Bolívia. A iniciativa tem o objetivo de promover a sustentabilidade da pesca e a preservação dessa espécie emblemática da região amazônica.
“A proliferação do Pirarucu fora de sua área natural se caracteriza como um sério desafio ambiental, já que essa espécie, normalmente associada ao status de ameaça de extinção em suas áreas de origem, vem causando desequilíbrio nos ecossistemas locais invadidos, apresentando um impacto evidente, especialmente à ictiofauna nativa do estado”, disse o assessor técnico científico e pesquisador da Coordenadoria de Unidades de Conservação (CUC), Leonardo Silva Pereira.
O plano de manejo foi desenvolvido em parceria com as comunidades locais, órgãos ambientais e instituições de pesquisa. As ações incluem o monitoramento das populações de pirarucu, a definição de cotas de pesca e a capacitação dos pescadores em técnicas sustentáveis. Além disso, foram estabelecidas áreas de preservação permanente dentro da Resex para garantir a reprodução e o crescimento da espécie.
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A implementação desse plano busca equilibrar a conservação ambiental com a geração de renda para as famílias que dependem da pesca na região. Espera-se que, com práticas de manejo adequadas, seja possível assegurar a continuidade da atividade pesqueira e a manutenção dos ecossistemas aquáticos locais.
A Reserva Extrativista de Pedras Negras destaca-se pela rica biodiversidade e pela importância cultural para as comunidades tradicionais que ali residem. A gestão participativa e o uso sustentável dos recursos naturais são pilares fundamentais para a preservação desse patrimônio e para o desenvolvimento socioeconômico da região.
"Estamos trabalhando em conjunto com as comunidades tradicionais, como os quilombolas, extrativistas e pescadores profissionais associados às colônias de pescadores do estado de Rondônia. As ações visam, principalmente, a redução das populações da espécie e a geração de renda extra às comunidades tradicionais envolvidas”, comentou secretário da Sedam, Marco Antônio Lagos.
Fonte: Voz da Terra.