Famílias que moram na região do Baixo rio Madeira em Porto Velho (RO) e foram atingidas pela cheia, vão receber um auxílio temporário no valor de R$ 3 mil, divididos em três parcelas mensais de R$ 1 mil.
De acordo com o Governo de Rondônia a transferência de renda é assegurada apenas a pessoas atingidas por eventos climáticos extremos, a exemplo da enchente que neste período afeta o estado.
Mais de 40 mil famílias podem ser deslocadas e desalojadas. Cerca de 29 comunidades estão sendo afetadas, onde vivem 8.984 pessoas. Outras 36 comunidades com cerca de 32 mil pessoas estão em sinal de alerta.
Um total de 1.471 cestas básicas e 25.639 litros de água mineral foram enviados pelo governo para sete municípios, entre eles Porto Velho, em atendimento às prefeituras que solicitaram apoio devido à situação de emergência provocada pela enchente dos rios em Rondônia.
O primeiro município a solicitar apoio foi Ji-Paraná, com 150 cestas básicas e 3.600 litros de água potável; para Machadinho d’Oeste foram entregues 83; Pimenta Bueno, 17; Porto Velho 967 cestas em sete remessas e 22.039 litros de água; Costa Marques 158 cestas básicas; Ouro Preto do Oeste, 35; e Nova Mamoré, 60.
As famílias do município de Nova Mamoré receberam 60 cestas básicas. Porto Velho, foi contemplado com 100 cestas básicas para serem entregues às famílias de São Miguel e Silveira, no Médio Madeira.
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Sem ajuda humanitária
Reportagem do Voz da Terra mostrou que no distrito de Calama, distante 266 quilômetros de Porto Velho, onde moram mais de três mil famílias, a ajuda humanitária ainda não chegou para todos. O mesmo acontece nas comunidades vizinhas, São Carlos e Rio Preto. Roças de mandioca, macaxeira e demais culturas da agricultura familiar, principal fonte de renda das comunidades, foram devastadas pelas águas.
Segundo os ribeirinhos, a prefeitura de Porto Velho iniciou as ações em São Carlos, mas não conseguiu dar sequência.
“A administração passada (prefeito Hildon Chaves) não deixou recurso. E como não foi decretado estado de calamidade, eles não podem usar outro orçamento. Estão amarrados”, argumenta um morador.
Apoio
A Superintendência do Ministério da Pesca e Aquicultura em Rondônia fez um pedido emergencial ao Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social para receber 21.222 cestas básicas.
Os mantimentos serão doados para pescadores artesanais cujas famílias foram impactadas pelas enchentes e precisaram deixar suas casas, enfrentando também obstáculos para acessar serviços essenciais como saúde, educação e energia. A intenção é garantir a entrega de duas cestas básicas para cada trabalhador afetado.
O número de pescadores artesanais chega a 10,6 mil, sendo 5.500 homens e 5.100 mulheres. A maioria vive em Porto Velho, que concentra cerca de 8.100 desses trabalhadores.
Fonte: Voz da Terra.