Juiz concede liberdade para ex-capitão da PM acusado de bater e humilhar soldado

Gazeta Rondônia
21/06/2025 22h36 - Atualizado há 2 dias

O juiz Fábio Alves Cardoso, do Tribunal de Justiça de Brasnorte, soltou nesta sexta-feira (20), durante audiência de custódia, o capitão da PM Cirano Ribas de Paula Rodrigues, acusado de humilhar e agredir um soldado durante uma festa. Ele ainda teria tentado impedir a denúncia do crime.

Na decisão, o magistrado determinou a soltura do policial sem pagamento de fiança. Porém, ele deverá cumprir medidas cautelares para que sua liberdade seja mantida. São elas:

– Obrigação de manter endereço e telefone atualizados;

– Comparecimento a todos os atos processuais;

– Proibição de se aproximar das vítimas a menos de 300 metros, bem como de manter contato com elas por qualquer meio.

O capitão da PM foi exonerado do cargo. A Corregedoria investiga o caso.

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Entenda o caso 

De acordo com o boletim de ocorrência, tudo começou em uma confraternização em um moto clube, onde o PM Duyllio José de Freitas e o capitão Cirano Ribas de Paula Rodrigues estavam. Em determinado momento, o soldado relatou que seu comandante começou a xingá-lo publicamente, dizendo até que já tinha dormido com as esposas de todos os policiais do pelotão.

Em seguida, o capitão foi até o PM e disse que ele era corno, já que seu filho é branco e o policial é negro. Para evitar uma confusão, o soldado tentou ir embora do local, mas foi impedido pelo seu superior, que partiu para cima dele e continuou com as ofensas.

Durante a discussão, o capitão chegou a dizer para o soldado sentar, afirmando que essa era a posição "de um cachorro e um preto". Não satisfeito, ele partiu para cima do PM e o agrediu com um soco no rosto. A ação foi filmada por uma câmera de segurança.

No dia seguinte, o PM foi até a delegacia para relatar o ocorrido aos seus superiores, mas, no local, encontrou o comandante da PM, que tentou dialogar com os soldados, chegando a dizer que o episódio não foi algo relacionado ao serviço militar e, por isso, não deveria ser denunciado. Ele tentou algemar o irmão do policial impedindo a presença de ambos, mas, a ação foi contida por outros policiais.

Fonte: MídiaJur.


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