Uma mulher de 50 anos procurou a Polícia Militar (PM) de Rondônia na sexta-feira (19) para relatar que seu irmão, Jairo Lopes da Cruz, de 55 anos, poderia estar morto em uma área de garimpo. Os policiais tentaram acessar o local, mas foram recebidos a tiros. Ele foi encontrado nesta quinta-feira (25), seis dias depois.
No início da semana Lena conversou com o G1 e contou que foi informada sobre o homicídio por uma pessoa de dentro do garimpo. Ela preferiu não citar nomes, por segurança.
"Eu não sei nem pensar, eu já não durmo, meio que virei meio que uma zumbi, porque eu fico imaginando, pensando: 'poxa, a pessoa tá lá jogada, não sei se tá na lama, se tá na chuva, se tá no sol, se tá no meio do mato, se o cara enterrou'", lamentou a irmã, Gislene Gonçalves da Cruz.
A PM informou que foi até o local após receber o comunicado da irmã da vítima, com o rabecão da Polícia Civil, para buscar o corpo e registrar o caso, quando ouviram o barulho de um motor, possivelmente usado no garimpo ilegal. Quando tentou se aproximar, foram disparados vários tiros.
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Os policiais revidaram e tentaram se proteger. Ninguém se feriu e os suspeitos fugiram para dentro da mata. Ninguém foi preso. De acordo com a PM, a área é muito grande e não havia informações precisas de onde o corpo poderia estar.
Uma ocorrência foi registrada e o caso foi repassado para a Polícia Civil. Depois de seis dias, o corpo foi resgatado.
O G1 questionou o governo de Rondônia se na região o garimpo é legalizado, mas o estado respondeu que não tem essa informação. De acordo com a geolocalização registrada no boletim de ocorrência, o local fica entre a Floresta Nacional do Jamari e a Flona de Jacundá, duas unidades de conservação de uso sustentável, ameaçadas por invasões.
O Ministério Público de Rondônia informou ao G1 que não foi oficialmente acionado sobre o caso.
Fonte: G1.