Não se trata apenas de recolher informações, mas de cultivar atenção, ordenar ideias e dar profundidade ao pensamento.
Cada livro é uma oficina onde se aprende a separar impulso de razão, aparência de verdade, pressa de sabedoria. Ao ler, confrontamos nossas certezas com outros tempos, outras dores, outras razões — e desse encontro nascem novas compreensões.
A leitura sustenta a memória coletiva e fortalece a memória individual. Devolve ao presente discursos que o esquecimento tenta apagar e oferece fundamentos quando o improviso ameaça prevalecer. Quem lê não se deixa prender pela superfície: mergulha na complexidade e volta transformado.
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Ler também forja a palavra: torna-a precisa, clara, responsável. Quem lê ganha instrumentos para pensar com critério e falar com consistência. Não se deixa arrastar por ruídos, nem se perde em slogans fáceis.
Por isso, a leitura não é ornamento, é necessidade.
Ela amplia o horizonte, disciplina o pensamento e dá ao ser humano a capacidade de viver com maior consciência e responsabilidade.
Autora: Clotilde Rocha, Advogada, Escritora, Jornalista e Membro da AJEB RO.
