No mês em que se celebra o Setembro Verde, dedicado à luta da pessoa com deficiência, o Tribunal Regional Eleitoral de Rondônia (TRE-RO) promoveu uma roda de conversa com os membros da Associação de Deficientes Visuais do Estado de Rondônia (ASDEVRON). O encontro teve como foco a empregabilidade e a acessibilidade das pessoas com deficiência no mercado de trabalho e nas instituições públicas e privadas.
Representando o presidente do TRE-RO, desembargador Daniel Ribeiro Lagos, a diretora-geral do Tribunal, advogada Lia Maria Araújo, destacou em seu discurso a importância da inclusão dos deficientes visuais para que tenham autonomia, autoestima e acesso a oportunidades de trabalho no Estado.
Já o presidente da Associação de deficientes Visuais do Estado de Rondônia -ASDEVRON, José Odair Maciel, reforçou que a luta é por uma pauta inclusiva e que cabe ao poder público desenvolver políticas, ações e projetos que garantam a melhoria da qualidade de vida e a inclusão efetiva das pessoas com deficiência.
“Estamos reunidos para cobrar responsabilidade e compromisso. A inclusão não é favor, é dever do Estado”, enfatizou.
O evento também contou com a presença de Robson André, servidor do TRT-RO, de Carlos Eduardo, estudante e diretor de imprensa da ASDEVRON, e de Solange Mendes Garcia, chefe da Assessoria de Sustentabilidade, Acessibilidade e Inclusão (ASSESUA/TRE-RO).
Mais do que uma celebração, a roda de conversa tornou-se um chamado ao poder público e à sociedade para que haja maior sensibilização, respeito e reconhecimento da cidadania das pessoas com deficiência visual, garantindo-lhes igualdade de oportunidades e participação plena na vida social e profissional.
Sebastiana Santana é membro atuante da Associação de Jornalistas e Escritoras do Brasil- Coordenadoria Rondônia, escritora com atuação no Brasil e no exterior, funcionária pública da Biblioteca Municipal Francisco Meireles, atuando como professora de Braille, é diretora cultural da ASDEVRON e está sempre a disposição para contribuir com os deficientes visuais e com a sociedade Portovelhense. Ela enfatizou que ainda persistem barreiras atitudinais, o capacitismo e a ausência de sensibilidade da sociedade, a exclusão, o preconceito e a pouca escuta às necessidades dos deficientes visuais, seja no ambiente de trabalho, nas famílias, em repartições públicas ou até mesmo em igrejas. Neste momento, precisamos de mudanças de comportamento e compromisso do poder público para as minorias, e é com este exemplo que o TRE RO, destaca-se, realizando SETEMBRO VERDE, evento pioneiro na escuta dos Deficientes Visuais.
Fonte: Izabel Cristina - Jornalista e Escritora.
