Imagens feitas pelo Corpo de Bombeiros e divulgadas nesta semana expõem a atual situação da seca do Rio Madeira em Porto Velho. Nas imagens, é possível notar a formação de grandes bancos de areia, que são evidenciadas pelo baixo nível do rio, que chegou a marca de 2,41 metros nesta quinta-feira (16).De acordo com o Serviço Geológico do Brasil (CPRM), ao longo da última semana, os níveis dos rios nas estações monitoradas apresentaram tendência de redução, conforme o esperado para o período.
Atualmente, o nível do rio Madeira se encontra na zona de atenção nas estações de Porto Velho, Ariquemes e Pedras Negras. Conforme o CPRM, nas demais estações, o rio se encontra em nível normal para o período.
Na última segunda-feira (13), o rio marcava 2,58 metros na região urbana de Porto Velho. A previsão era que o rio atingisse 2,58 metros apenas em outubro. Nesta quinta-feira (16), o nível é de 2,41 metros.
Segundo o Boletim de Monitoramento Hidrológico no rio Madeira de 2021, "é provável que o rio se mantenha abaixo da cota de referência de 2,58 metros de modo persistente até o final da estação chuvosa".
O nível do rio Madeira deve se aproximar da cota mínima, de 1,80 metro, até o fim de setembro em Porto Velho, segundo o CPRM. Esse nível crítico pode ser atingido caso haja persistência da vazante no ritmo atual.
Em agosto, o CPRM divulgou que a seca do rio Madeira em 2021 pode ser uma das piores, caso ocorra um atraso no início da estação chuvosa além de outubro, assim como ocorreu em 2005, 2007, 2010 e 2020.
Segundo o Sistema de Proteção da Amazônia (Sipam), na segunda quinzena de setembro, há previsão de chuvas com maior regularidade em Porto Velho.
Mesmo assim, conforme o CRPM, estão previstas chuvas abaixo da climatologia do período no sudoeste da bacia do Madeira para as duas próximas semanas e chuvas dentro da climatologia do período nas demais bacias.
O Serviço Geológico informou que nos próximos 12 dias, são esperadas chuvas ao longo da bacia do Madeira, como em Beni e Madre de Dios, e alguns repiquetes nas próximas semanas poderão atenuar o avanço da vazante no rio Madeira. Fonte: G1