Há 15 anos, um grupo de crianças em Hamilton, Nova Zelândia, estava em uma viagem de campo para caçar fósseis e acabaram descobrindo, em uma rocha, o registro de um pinguim gigante. Esta espécie foi considerada totalmente nova pelos paleontólogos.
Em um estudo recente publicado no Journal of Vertebrate Paleontology, os cientistas anunciaram que o fóssil também é um dos esqueletos mais completos de um pinguim gigante já descobertos. Acredita-se que o material tenha cerca de 27 milhões de anos.
O pinguim recebeu o nome científico de Kairuku waewaeroa, que significa "pernas compridas" em Maori. Com base no fóssil, os cientistas estimam que o animal teria cerca de 1,6m de comprimento da ponta do bico aos dedos dos pés.
Outra razão pela qual foi chamado de "pinguim de pernas compridas" é porque, alguns milhões de anos depois, apareceram animais semelhantes, mas com pernas grossas. De acordo com Daniel Ksepka, um dos autores do estudo, as pernas finas do fóssil são provavelmente uma característica primitiva.
Em entrevista a rádio canadense CBC, Daniel Ksepka explicou que pinguins, leões marinhos e baleias que morreram na Nova Zelândia poderiam ter acabado no fundo do mar, entretanto, com o tempo, ficaram expostos na superfície. A diferença do nível do mar é uma das razões que leva o país a ter um grande registro fóssil de animais marinhos.
A descoberta do fóssil kairuku waewaeroa, que agora se encontra em exibição no Museu Waikato, está ajudando os cientistas a aprenderem mais sobre a evolução dos pinguins. Fonte: R7