24/09/2021 às 18h02min - Atualizada em 24/09/2021 às 18h02min

Fóssil revela espécie de pinguim gigante que vivia na Nova Zelândia

Gazeta Rondônia

 

Há 15 anos, um grupo de crianças em Hamilton, Nova Zelândia, estava em uma viagem de campo para caçar fósseis e acabaram descobrindo, em uma rocha, o registro de um pinguim gigante. Esta espécie foi considerada totalmente nova pelos paleontólogos. 

Em um estudo recente publicado no Journal of Vertebrate Paleontology, os cientistas anunciaram que o fóssil também é um dos esqueletos mais completos de um pinguim gigante já descobertos. Acredita-se que o material tenha cerca de 27 milhões de anos.

O pinguim recebeu o nome científico de Kairuku waewaeroa, que significa "pernas compridas" em Maori. Com base no fóssil, os cientistas estimam que o animal teria cerca de 1,6m de comprimento da ponta do bico aos dedos dos pés.

A) Desenho da descoberta; B) Foto do fóssil; C) Comparação entre um Waewaeroa Kairuku e um pinguim imperador

A) Desenho da descoberta; B) Foto do fóssil; C) Comparação entre um Waewaeroa Kairuku e um pinguim imperador



Em pé, ele provavelmente deveria ter cerca de 1,4m de altura. Desta forma, o animal era 60% maior do que o pinguim-imperador, maior espécie de pinguim viva atualmente.

Outra razão pela qual foi chamado de "pinguim de pernas compridas" é porque, alguns milhões de anos depois, apareceram animais semelhantes, mas com pernas grossas. De acordo com Daniel Ksepka, um dos autores do estudo, as pernas finas do fóssil são provavelmente uma característica primitiva.

Os cientistas acreditam que o pinguim gigante teria vagado pela parte norte da ilha quando o nível do mar estava muito mais alto do que é hoje.

Em entrevista a rádio canadense CBC, Daniel Ksepka explicou que pinguins, leões marinhos e baleias que morreram na Nova Zelândia poderiam ter acabado no fundo do mar, entretanto, com o tempo, ficaram expostos na superfície. A diferença do nível do mar é uma das razões que leva o país a ter um grande registro fóssil de animais marinhos.

A descoberta do fóssil kairuku waewaeroa, que agora se encontra em exibição no Museu Waikato, está ajudando os cientistas a aprenderem mais sobre a evolução dos pinguins. Fonte: R7


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