Cinco pessoas foram assassinadas a tiros em uma fazenda a cerca de 70 km de Vilhena, no sul do estado de Rondônia. A região é conhecida por ser uma área de conflitos agrários. A polícia confirmou para a equipe da Rede Amazônica que esteve no local que os mortos são o casal dono da fazenda e três funcionários. O crime aconteceu na noite de quarta-feira (13).
Segundo as primeiras investigações da polícia, a família estava jantando quando a casa foi invadida. O dono da fazenda foi levado para uma sala separada, onde foi torturado. Há indícios de que ele teve o coração arrancado com um facão.
Ainda segundo a polícia, a mulher do fazendeiro e os três funcionários foram levados para a varanda da casa, colocados de joelho e executados com tiros na nuca
No local também estavam duas crianças, menores de 10 anos, e a esposa de um dos funcionários executados. Eles foram trancados em um dos quartos da casa durante a noite e só conseguiram sair na manhã desta quinta-feira após quebrarem uma janela.
A mulher e as crianças andaram por 15 km pela zona rural até que conseguiram pedir socorro. Foram eles que chamaram a polícia.
É a segunda chacina no mesmo local em pouco mais de cinco anos.
Em 2015, cinco pessoas também foram mortas na fazenda. Na ocasião, um homem foi atingido com um tiro nas costas. Ele fingiu que estava morto, sobreviveu e ajudou à Polícia Civil nas investigações do crime.
Ele disse que estava com mais cinco amigos conversando quando apareceram alguns homens e começaram a atirar na direção do grupo, que tentou fugir.
Os suspeitos então atearam fogo no local onde as vítimas se abrigaram para escapar dos tiros. O sobrevivente disse que em seguida os homens foram embora, mas três dos cinco mortos foram queimados vivos.
Segundo a polícia, o crime teria sido motivado por uma disputa de terras.
Em 2017, os réus Eber Maciel da Costa e Marlos de Souza Cândido, acusados de participação na chacina da fazenda Vilhena, foram condenados a 20 anos de reclusão em um novo julgamento.
Eles foram absolvidos pelo Tribunal do Júri em setembro de 2016, mas o Ministério Público de Rondônia (MP-RO) entrou com recurso e o julgamento foi anulado. Fonte: G1