William Monteiro da Silva e Ingrid Bernadino, o pai e a madrasta acusados de torturar e matar Lauanny Hester, de dois anos, estão sendo julgados nesta terça-feira (30) pelo Tribunal do Júri em Ariquemes (RO), no Vale do Jamari.
O júri do casal começou às 9h40 da manhã, no Fórum de Ariquemes. O Júri é composto por quatro homens e três mulheres.
O delegado Rodrigo Camargo foi o primeiro a falar no Tribunal do Júri, como testemunha de acusação. Através de vídeoconferência, Camargo relembrou sobre a investigação do caso e ressaltou ter sido um dos primeiros a chegar no local do assassinato de Lauanny.
William Monteiro da Silva e Ingrid estão presos desde setembro de 2019, quando a criança foi encontrada morta na varanda de casa.
Segundo o Tribunal de Justiça de Rondônia (TJ-RO), a sessão de julgamento do casal estava prevista para março deste ano, mas foi remarcada por conta da pandemia.
A avó da criança, Suely dos Santos Monteiro, também está sendo julgada nesta terça-feira.
Em setembro de 2019, uma menina de dois anos, identificada como Lauanny Hester Rodrigues, morreu depois de ser espancada em uma casa de Ariquemes. Segundo a Polícia Militar (PM), vizinhos acionaram uma ambulância depois de ouvirem a criança sendo agredida. Porém, quando a equipe médica chegou, a menina não tinha mais sinais vitais.
Após o início das investigações, durante interrogatório, o pai e a madrasta disseram que de fato tinham batido na menina duas vezes. O casal teria agredido a criança por ela ter subido em uma mesa, rasgado um saco de farinha, quebrado coisas e feito sujeira. Diante disso, para "corrigir a criança", bateram nela.
A menina morreu com muitas fraturas no corpo. Na época, o médico do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), que atendeu a ocorrência, disse que ela estava politraumatizada [com traumatismos múltiplos]. Com fraturas no crânio, tórax, quadril e abdômen.
O casal responde também por outros fatos que envolvem tortura e agressão à criança.
Adiante, a Justiça também decretou a prisão preventiva de avó de menina, Suely dos Santos Monteiro, já que ela tinha a guarda de Lauanny e estava proibida de entregar a criança ao pai. Para a polícia, a avó paterna da menina poderia ser responsabilizada pela morte da criança por abandono de incapaz.
Em setembro de 2021, a 1ª Câmara Criminal do TJ, negou o pedido de habeas corpus feito pela defesa de Ingrid Bernardino Andrade. Com isso, os três suspeitos continuam em prisão preventiva. Fonte: G1