20/01/2021 às 14h41min - Atualizada em 20/01/2021 às 14h41min

Mourão defende Bolsonaro de Impeachment e mostra sua lealdade de militar

Gazeta Rondônia

“Por que vamos fazer o impeachment? Vai chegar daqui ao ano que vem, e, se o governo dele não for bom, ele não será reeleito. Deixe a população decidir, para isso ele foi eleito", afirmou Mourão. O vice disse que Bolsonaro virou retórica, ou seja, tudo o que ele faz ou não faz se transforma em polêmica e finalizou defendendo o presidente sobre as aglomerações... "As eleições, festas de fim de ano e confraternização não foi culpa do Presidente, não vejo corretamente culpá-lo"!

Na manhã dessa quarta-feira, 20 de janeiro, o General Hamilton Mourão, vice-presidente da República, defendeu com veemência o presidente Jair Bolsonaro.


Em entrevista ao Valor Econômico, Mourão disse que erros são possíveis em qualquer ser humano, principalmente quem está na presidência e que não há motivos para um possível impeachment do presidente Bolsonaro.

"Se você botar numa coluna do nosso governo, você vai ver que teve mais acertos do que erros. Teve erros, que são sobejamente conhecidos. Mas vamos olhar, por que vamos fazer o impeachment? Vai chegar daqui ao ano que vem. E, se o governo dele não for bom, ele não será reeleito, caso seja candidato à reeleição", disse Mourão em entrevista ao jornal Valor Econômico.

"Estamos aguardando. Dentro de um gerenciamento de crise, você vai escalando conforme as cartas vão se esgotando. A partir do momento em que isso aí não avançar, por meio do mecanismo da Cosban, eu vou contatar o meu contraparte que é o vice-presidente Wang Qishan para que a gente avance nisso", prometeu Mourão, que disse não acreditar que a China esteja fazendo uma retaliação política. O país asiático foi alvo de ataques diretos e falsos por parte da família Bolsonaro durante a pandemia.

BOLSONARO NÃO PODE SER CULPADO POR AGLOMERAÇÕES COMO DESEJA PARTE DA MÍDIA, AFIRMA MOURÃO.

"Ele [Bolsonaro] não foi o responsável pelas pessoas saírem para a rua. Aí tem uma responsabilidade compartilhada entre todas as esferas de governo. Nenhum dos nossos governadores e prefeitos conseguiu implementar um lockdown para valer. Até porque no Brasil esse troço não dá. O Brasil é um país muito grande, muito desigual. Não é a França ou a Espanha, que você dá um grito em Madri e todo mundo ouve. Na China, o cara bota a força armada na rua, cerca, derruba a internet... É diferente daqui", analisou Mourão.

AGLOMERAÇÕES FOI CAUSADA NAS ELEIÇÕES, FESTAS E COMEMORAÇÕES DE FIM DE ANO, AFIRMOU MOURÃO.

"Repique aconteceu porque nós tivemos um processo eleitoral onde todo mundo se atirou numa campanha. E, depois, numa questão de festas de fim de ano onde todo mundo lavou as mãos e jogou a toalha nisso aí. Ou não lavou as mãos. Infelizmente aconteceu isso aí e compete ao Estado em todos os níveis buscar uma solução", afirmou o vice-presidente.

MOURÃO DEFENDE APROXIMAÇÃO DO BRASIL E ESTADOS UNIDOS COM BIDEN ASSUMINDO A PRESIDÊNCIA.

"O resultado prático é que nós temos que ter uma forma de reabrir o canal diplomático, de maneira que um posicionamento político de determinado momento não significa um posicionamento ad eternum. O que ficou para trás ficou para trás. Vamos zerar e buscar avançar a partir daqui", pediu Mourão. Texto: Victória Bacon


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