26/01/2022 às 09h42min - Atualizada em 26/01/2022 às 09h42min

Família passa por constrangimento ao tentar enterrar parente obeso; Tios precisaram construir túmulo

Familiares pagaram a mais para que cova fosse adaptada, mas chegaram ao cemitério e nada havia sido feito

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Uma família passou por um constrangimento nesse fim de semana para enterrar um parente em São Gonçalo, na Região Metropolitana do Rio de Janeiro.
 
Luan Stuart, de 33 anos, sofria de obesidade mórbida e infartou na sexta-feira passada.

 
Os parentes acertaram o enterro no Cemitério Municipal São Miguel. A responsável pelo enterro foi a funerária Orlando, que alugou o espaço da funerária Nossa Senhora de Santana.
 
Por conta do sobrepeso, uma funerária cobrou um valor mais alto para a cerimônia. Mas, para a surpresa de familiares e amigos, na hora do enterro não havia cova adequada para o corpo de Luan. Segundo a família, o cemitério argumentou que não tinha pedreiros no fim de semana para adaptar a cova.

Sem suporte do cemitério e da funerária, a família teve que comprar materiais e conseguir equipamentos para construir o túmulo. Dois tios de Luan fizeram a obra.

"Cadê o responsável pelo cemitério? Cadê o responsável pela funerária? Não tem. Não tem pedreiro, hoje. A família que tem que se disponibilizar em fazer. Isso é uma covardia", questionou um familiar de Luan.

O corpo teve que ser levado novamente para a capela por causa do calor. E o enterro acabou atrasando duas horas e meia.

"Foi um descaso que teve com a família, foi um descaso que teve com o meu irmão. Pagamos um serviço tão caro e todos já estavam cientes de que ele era obeso e precisaria de um espaço adequado para poder ser enterrado dignamente", afirmou a irmã de Luan.

O que dizem os envolvidos

Em nota, a Prefeitura de São Gonçalo, responsável pela administração do cemitério, lamentou o que chamou de incidente e afirmou que não foi comunicada previamente pela funerária da necessidade de uma cova especial.

Informou, ainda, que abriu uma sindicância para apurar os procedimentos e conduta da funerária.

A prefeitura acrescentou que colocou a direção do cemitério à disposição da família para fazer os reparos necessários na sepultura.

O escritório Fortes Advocacia, que defende a Orlando Serviços Funerários, diz que a empresa se solidariza com os familiares de Luan, "lamentando pelo infeliz acidente ocorrido durante o sepultamento do mesmo". A empresa disse ainda que ao ser contratada tomou "todas as providências cabíveis para que o sepultamento ocorresse de forma tranquila, dentro da normalidade".

Já a funerária Nossa Senhora de Santana disse que não foi responsável pelo enterro e apenas alugou a capela para uma outra funerária contratada pela família. (G1) imagem ilustrativa.

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