Queixar-se, Valdemar Costa Neto, ex-mensaleiro do PT, presidente do Partido Liberal (PL) alugado por ele a Bolsonaro para que tente se reeleger, só o faz em conversas com amigos de muita, muita confiança, incapazes de traí-lo, mas não de guardar segredos.
A eles confessa, porém, que está cada vez mais preocupado com a sorte do seu ilustre correligionário. Em 12 pesquisas de intenção de voto aplicadas nos últimos meses por encomenda do PL, Bolsonaro aparece mal, e sem indicações de que possa melhorar.
Tanto Costa Neto como ministros de Estado, um deles Ciro Nogueira (PP), chefe da Casa Civil, pressionam Bolsonaro para que suavize as suas falas e dê um jeito de baixar o preço dos combustíveis. Não há dinheiro no Orçamento para isso.
E daí? Que Bolsonaro invoque então os efeitos da pandemia sobre a vida dos brasileiros e assine um decreto, ou uma medida provisória para forçar a redução do preço. Paulo [Loja de Conveniência] Guedes, ministro da Economia, estuda a proposta.
Bolsonaro quer porque quer um militar para vice na sua chapa. Segundo ele, caso se reeleja, um vice de farda seria a melhor arma contra um eventual impeachment. Costa Neto e Nogueira querem um político de vice para acrescentar votos à chapa.
Tereza Cristina (DEM), ministra da Agricultura, agradece a lembrança do seu nome, mas pede que a incluam fora dessa. Ela quer ser senadora pelo Mato Grosso do Sul. É rica. Pode dizer não. Fonte: Ricardo Noblat/Metrópoles.