O ato de comer para fugir de um desconforto emocional é chamado de Comer Emocional. Ele pode ocorrer em resposta a diferentes emoções, mas é comumente associado com a ansiedade, tristeza, raiva, frustração ou tédio. O ciclo do comer emocional se inicia após uma situação-gatilho que desperta emoções difíceis de serem sentidas (exemplo: problema no trabalho ou briga com o marido).
Por parecerem intensas demais, ao invés de conseguir regular essas emoções de outra forma, você acaba recorrendo à comida em busca de conforto, na tentativa de evitar ou escapar da vivência emocional. Ela te traz um alívio temporário e a curto prazo, já que coloca “panos quentes” no desconforto que você estava sentindo antes. Mas na maioria das vezes, aumenta o desconforto em longo prazo, visto que você pode sentir culpa, arrependimento ou vergonha de ter recorrido a comida.
Os motivos que nos levam a recorrer a comida para lidar com as emoções na maior parte das vezes estão relacionados a ausência de repertório emocional, ou seja, falta de estratégias e habilidades necessárias para monitorar, avaliar, mudar e aceitar vivências emocionais intensas. O Comer Emocional também é um comportamento reforçado culturalmente, afinal, aquela cena da protagonista se acabando em um pote de sorvete após um término se tornou clássica nos filmes de Hollywood.
É importante reforçar que as emoções não são o problema, já que fazem sentido dependendo da situação. O problema é a estratégia utilizada para lidar com elas: comer. Não é errado comer emocionalmente, todos nós recorremos a esse comportamento em alguns momentos, mas o alerta está na frequência com que isso ocorre, visto que o alívio das emoções por meio da comida interfere no desenvolvimento de comportamentos mais saudáveis e adaptativos, que podem ser aprendidos em terapia.
Dicas práticas para não comer as emoções: