Parte da Escola Estadual Professor Paulo Freire, no bairro Metropolitano, em Ribeirão das Neves, na Grande BH, em Minas Gerais, pegou fogo na madrugada desta terça-feira (14).
O boletim de ocorrência (BO) da Polícia Militar (PM) informa que o incêndio foi criminoso e que no local havia várias pichações com ameaças nas paredes.
No fim da manhã, a polícia já havia conseguido apreender dois adolescentes, de 15 anos, apontados como responsáveis pelo incêndio, após análise de câmeras de segurança.
Segundo a reportagem apurou no local, a escola estava fazendo um trabalho de disciplina e chamou a atenção dos dois por uso de drogas, o que os teria "desagradado".
Muito abalada, a mãe de um dos adolescentes apreendidos contou que, nesta segunda-feira (13), havia sido chamada na escola porque o filho estava usando droga.
A mulher, que preferiu não se identificar, conta que ela e o filho estavam se arrumando para ir ao Conselho Tutelar, quando a polícia chegou à casa deles.
"Nunca que ia imaginar que ele ia fazer esse tipo de coisa", disse.
A Polícia Civil disse que foi instaurado procedimento para apurar o incêndio na escola e que os adolescentes envolvidos foram apreendidos em flagrante por ato infracional análogo aos crimes de dano qualificado e ameaça e apresentados ao Ministério Público.
Ainda segundo o B.O., os militares do Corpo de Bombeiros precisaram quebrar dois cadeados do portão para terem acesso aos locais onde havia chamas.
O fogo atingiu uma área do bloco 1, uma sala anexa à biblioteca e mais uma ao lado – totalizando três cômodos, que ficaram destruídos e foram isolados. Não houve feridos.
Entre o material destruído pelo incêndio, estão mais de 5 mil livros, 7 computadores desktop, 4 projetores, 1 impressora e mobiliário.
Os bombeiros apagaram as chamas, a perícia da Polícia Civil e a Defesa Civil foram acionadas.
O site entrou em contato com a Secretaria de Estado de Educação de Minas Gerais, que informou que as aulas nessa escola foram suspensas nesta terça-feira (14) para a realização do trabalho de perícia da Polícia Civil, responsável pelas investigações.
"A equipe de inspeção escolar da Superintendência Regional de Ensino (SRE) Metropolitana C, responsável pela coordenação da escola, irá acompanhar o caso", disse ainda. Fonte: G1