27/06/2022 às 08h05min - Atualizada em 27/06/2022 às 08h05min

Investigado no escândalo do MEC, Gilmar Santos chora ao participar de culto após sair da prisão

Gazeta Rondônia

Gazeta Rondônia Publicidade 790x90

Alvo da operação de uma Polícia Federal que investiga corrupção e tráfico de influência no Ministério da Educação (MEC), o pastor Gilmar Santos chorou ao participar de um culto, na madrugada deste domingo (26), quatro dias após ser solto (veja o vídeo acima).

Aos fiéis, o pastor disse que não iria comentar o caso e que "na hora certa" vai falar com a imprensa.

Sem mencionar o escândalo, Gilmar disse que "esta guerra não é contra um, é contra o Evangelho, contra a família que ensinamos, contra os pilares que a Igreja Evangélica ensina".

O g1 pediu uma nota ao Ministério da Educação no sábado (25), às 9h, por e-mail, sobre a suposta influência que o pastor teria na pasta e aguarda retorno. Na época em que o escândalo foi revelado, o religioso negou participação.

 

'Amigos do pastor Gilmar'

 

Gilmar Santos e é um dos investigados por suposto envolvimento em um esquema para liberação de verbas do Ministério da Educação para municípios – em que, segundo prefeitos, houve pedidos de propina para liberação de verba da pasta.

A atuação de Gilmar e do também pastor Arilton Moura no Ministério da Educação – mesmo sem terem cargos no órgão – foi revelada pelo jornal "O Estado de São Paulo" em março.

Dias depois, o jornal "Folha de S.Paulo" revelou uma gravação em que o ex-ministro da Educação Milton Ribeiro disse, à frente do ministério, tinha como prioridade "atender primeiro os municípios que mais precisam e, segundo, atender a todos os que são amigos do pastor Gilmar", em referência a Gilmar Santos.

Segundo o ex-ministro da Educação, a atender a todos os que são amigos do pastor Gilmar foi um pedido do presidente Jair Bolsonaro (PL).

A PF abriu um inquérito para investigar o caso e, na semana passada, fez buscas e prendeu Gilmar, Arilton, o ex-ministro Milton Ribeiro, o ex-assessor do MEC Luciano Musse e Helder Diego da Silva Bartolomeu, genro do outro pastor, Arilton Moura. Todos foram soltos após uma decisão do desembargador Ney Bello, do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1).

Segundo as investigações da Polícia Federal, o pastor Arilton Moura pediu R$ 100 mil ao empresário José Edvaldo Brito, em troca da realização de um evento em Odessa com a participação de Milton Ribeiro, então ministro da Educação.

O empresário disse que fez os depósitos a pedido do pastor Arilton Moura. Segundo ele, os recursos seriam para ações filantrópicas.

Documentos enviados pelo empresário José Edvaldo Brito à Controladoria-Geral da União (CGU) mostram a realização de depósito de R$ 17 mil na conta de Wesley Costa de Jesus, genro do pastor Gilmar Santos, e de R$ 20 mil para Musse (o ex-assessor do MEC); e R$ 30 mil Bartolomeu.

O evento do ministro Milton Ribeiro com prefeitos da região de Nova Odessa, aconteceu em 21 de agosto, 16 dias depois dos pagamentos. Fonte: G1

Gazeta Rondônia Publicidade 790x90


Notícias Relacionadas »
Comentários »