09/07/2022 às 07h53min - Atualizada em 09/07/2022 às 07h53min

Vereador suspeito de praticar tortura e dois homicídios pede licença 'para tratar de assuntos particulares' em Rondônia

Gazeta Rondônia

Um vereador pediu licença do cargo por um período de 120 dias “para tratar de assuntos particulares”. Ele é considerado foragido por participação em dois assassinatos, uma tentativa de homicídio e um crime de tortura em Seringueiras (RO).

A portaria com a licença foi publicada no Diário Oficial dos Municípios no fim do último mês. Segundo a presidência da Câmara de Vereadores, foi convocado o suplente Odair José da Silva para ocupar a cadeira do vereador.

O poder legislativo municipal não comentou se pretende adotar outras medidas ou procedimentos contra o vereador.

O site  não conseguiu localizar a defesa do suspeito.

 

Andamento do caso

 

De acordo com a Polícia Civil, o vereador continua foragido. Porém, no último mês, um outro suspeito que era procurado foi localizado e preso em Porto Velho. Ele teria confessado à polícia que se entregou “por medo de morrer”.

Com a detenção, os policiais conseguiram identificar um outro suspeito de participação em um dos homicídios e no crime de tortura. O nome dele não foi divulgado.

 

Entenda

 

Um dos casos pelos quais o político é investigado é o de Nany Carvalho Agostin, a mulher que foi estuprada, assassinada e teve o corpo jogado na floresta em janeiro deste ano, em Seringueiras.

A sequência de crimes que a Polícia Civil investiga teria começado depois que um rapaz chamado Laércio furtou a casa do pai do vereador Polaquinho. Nany era namorada dele.

Ao g1, o delegado Reinaldo Reis disse que em dezembro do ano passado o político foi na casa do suspeito de furtar seu pai, acompanhado de outras pessoas. Laércio e Nany foram agredidos e uma terceira pessoa que estava na casa foi atingida com um tiro na mão.

No dia seguinte, os suspeitos voltaram no local e executaram Laércio a tiros. Outra vítima também foi atingida com pelo menos quatro disparos, mas sobreviveu. Nany estava escondida na residência e teria presenciado o que aconteceu.

O vereador e outros suspeitos teriam matado Nany como “queima de arquivo”. Ela foi estuprada e abandonada em uma área de mata da linha da BR-429, em Seringueiras.

O corpo dela foi encontrado somente semanas depois, já em decomposição. Os familiares de Nany só conseguiram identificá-la através de tatuagens que tinha em seu corpo. Fonte: G1


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