28/09/2022 às 10h52min - Atualizada em 28/09/2022 às 10h52min

Em Rondônia, “Coiotes” que enviavam brasileiros ilegalmente aos EUA são alvos da Polícia Federal

Gazeta Rondônia

Uma organização criminosa especializada no crime de promoção de migração ilegal e lavagem de dinheiro, decorrente dos altos valores pagos aos 'coiotes' responsável pela logística de entrada de brasileiros nos Estados Unidos, foi alvo da Polícia Federal (PF) na manhã desta quarta-feira (28).

Segundo a polícia, 10 mandados de busca e apreensão foram cumpridos em Porto Velho, Monte Negro (RO), Campo Novo de Rondônia (RO), Porto Belo (SC) e Cruz Alta (RS).

 
Investigações
 
As investigações começaram em 2021, após uma denúncia recebida pela PF, que relatava a participação de um homem, morador de Monte Negro, no esquema de promoção ilegal de migrantes de Rondônia aos Estados Unidos.
 
Durante as buscas, a PF identificou outros integrantes do grupo criminoso que cobravam altos valores para os interessados em entrar de forma ilegal no território norte americano.

Também foi descoberto a participação de pessoas que moravam em Santa Catarina e usavam uma agência de turismo para comprar passagens aéreas para fora do Brasil. Nesta etapa das investigações, a polícia também identificou um alto fluxo financeiro para as contas dos investigados, decorrente do valor pago pelos serviços de migração ilegal.

Segundo a Polícia Federal, muitas pessoas enviadas pelo grupo foram abordadas, presas e deportadas durante o trajeto, principalmente durante o cruzamento da fronteira americana a partir do México.

Os investigados devem responder, na medida de suas participações, pelos crimes de "constituição de organização criminosa e lavagem de dinheiro, cujas penas somadas podem superar 18 anos de reclusão".
 
Human Commodity
 
De acordo com a polícia, o nome da operação se refere a forma como os integrantes do grupo trata as pessoas que se arriscam na migração ilegal, considerando-as meras mercadorias humanas, interessados exclusivamente no recebimento de altos valores pela logística da travessia. Fonte: G1.


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