27/02/2021 às 12h35min - Atualizada em 27/02/2021 às 12h35min

Adultos infectados com a variante identificada em Manaus têm 10 vezes mais vírus no corpo, aponta Fiocruz

Carga viral maior contribui para transmissibilidade. Pesquisa, ainda não revisada por outros cientistas, aponta que o relaxamento das restrições contribuiu para o espalhamento do vírus.

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Um estudo feito por pesquisadores da Fiocruz aponta que adultos infectados pela variante P.1 do coronavírus, identificada primeiro no Amazonas, têm uma carga viral – quantidade de vírus no corpo – dez vezes maior do que adultos infectados por outras "versões" do vírus. Uma maior carga viral contribui para que a variante se espalhe mais rápido.

Os pesquisadores analisaram 250 códigos genéticos do coronavírus durante quase um ano. A amostragem cobriu o primeiro pico da doença, em abril, e o segundo, no final do ano passado e início de 2021.

Eles perceberam que essa maior quantidade de vírus não acontecia, entretanto, nos homens idosos (acima de 59 anos). Uma possível explicação para isso é que a resposta imune de homens idosos tende a não ser tão eficiente de forma geral.

Também é possível que isso tenha acontecido nesse grupo porque a quantidade de pessoas analisadas nessa faixa etária foi menor, explicou o pesquisador Tiago Gräf, também autor do estudo, em uma publicação na rede social Twitter.

Na imagem abaixo, retirada do estudo, quanto menor a altura das das bolinhas no eixo vertical, maior é a carga viral dos pacientes:

Na imagem acima, quanto menor a quantidade das bolinhas no eixo vertical, maior é a carga viral dos pacientes: — Foto: Reprodução/Twitter Tiago Gräf

Na imagem acima, quanto menor a quantidade das bolinhas no eixo vertical, maior é a carga viral dos pacientes: — Foto: Reprodução/Twitter Tiago Gräf

Na imagem acima, quanto menor a quantidade das bolinhas no eixo vertical, maior é a carga viral dos pacientes: — Foto: Reprodução/Twitter Tiago Gräf

Felipe Naveca afirma, entretanto, que não há relação entre quantidade de vírus no corpo e gravidade da doença ou, até mesmo, presença deles.

A P.1 já vinha sendo apontada por vários pesquisadores ao redor do mundo como mais transmissível, por causa de mutações que ela sofre na região que o vírus usa para infectar as células humanas.

Apesar de ter surgido no Amazonas, ao menos outros 18 estados já detectaram infecções pela variante: os mais recentes foram Mato Grosso e Maranhão. Fonte G1

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