Com o período chuvoso ficando mais intenso em Ji-Paraná (RO), os moradores que vivem às margens do rio Machado passam a ficar de olho no nível da água. Isso porque a subida repentina do rio pode causar enchentes e alagamentos em várias casas, como aconteceu no início de 2022.
Nesta semana o nível do Machado chegou a 7,69 metros e, segundo a Defesa Civil, isso significa que faltam 2,61 metros para o rio começar a provocar enchentes e atingir os ribeirinhos.
"Emitimos o alerta laranja se o nível chegar a 10,30 metros. Não há expectativa para enchente neste ano, mas a gente está monitorando não só aqui, mas principalmente na cabeceira. O rio está dentro do normal para o período. Mas a natureza a gente não pode contar, pois pode acontecer uma chuva forte na cabeceira e o rio subir de repente", diz Meire Zanettin, coordenadora municipal da Defesa Civil.
Os moradores do bairro Beira Rio sentem na pele essa realidade de aumento repentino na subida do rio Machado.
O lavrador Júlio Beltrão da Rocha conta que costuma colocar cavaletes nas margens do barranco, uma medida para evitar grandes impactos com a força da água.
"No ano passado a água ficou a meio metro para entrar na minha casa, mas aí eu saia de bote, tranquilo. Eu cansei de passar com o caiaque perto dos fios de energia por causa do rio cheio", diz.
Segundo a Defeca Civil de Ji-Paranpa, se o nível atingir 11 metros, o alerta vermelho é acionado pelo município.
Em fevereiro de 2022, Ji-Paraná viveu sua maior cheia dos últimos 45 anos, quando o rio Machado chegou a 11,67 e inundou mais de 600 casas.
As piores marcas registradas na cidade, desde 1977 pela Agência Nacional de Águas (Ana), ocorreram em 2014 (quando o rio chegou a 11,66 metros) e em 2019, quando o nível na régua de medição atingiu 11,62 metros. Fonte: G1