Aconteceu na tarde da última sexta-feira (12), no auditório do Instituto Federal de Rondônia - IFRO campus Ji-Paraná, audiência pública proposta pela presidente da Comissão de Saúde, Previdência e Assistência Social da Assembleia Legislativa de Rondônia, deputada estadual Cláudia de Jesus (PT), para discutir a implantação do Hospital Regional de Ji-Paraná. A audiência contou com a presença da deputada proponente, do deputado Luís do Hospital (MDB), deputada Taíssa Souza (PSC), Laerte Gomes (PSD), Nim Barroso (PSD), Luizinho Goebel (PSC), deputado estadual Affonso Cândido (PL), deputado federal Fernando Máximo (União Brasil), deputado federal Maurício Carvalho (União Brasil), deputada federal Silvia Cristina, o secretário de saúde do Estado, Jefferson Rocha, o vice-prefeito de Ji-Paraná, Joaquim Teixeira, o presidente da Câmara Vereador, Negão do Isaú, secretária de saúde de Ji-Paraná, Maria Edenite Barroso, representantes dos conselhos estadual e municipais de saúde, secretários municipais de saúde, vereadores, prefeitos, representantes da OAB e da sociedade civil.
A construção e instalação de um hospital regional em Ji-Paraná é um anseio antigo não só da população da segunda maior cidade do estado, mas também de outros 17 municípios da região central do estado que dependem do atendimento de seus pacientes em Ji-Paraná. Atualmente os atendimentos de baixa complexidade são realizados pelo Hospital Municipal, enquanto procedimentos mais urgentes de média e alta complexidade são encaminhados para os hospitais de Cacoal e Porto Velho ou ficam em lista de espera da regulação.
Ao abrir a solenidade a deputada Cláudia de Jesus agradeceu a presença de todos, especialmente a população que lotou o auditório do IFRO que segundo ela, acreditam nesse movimento em busca do hospital regional, pois é um desejo de muitos anos de toda a população.
“Desde quando era vereadora venho trabalhando incansavelmente na busca deste sonhado hospital regional. Já estivemos em Brasília, conversando com deputados, ministros, levando essa pauta, conversamos com o governador Marcos Rocha, para que possamos descentralizar a saúde em Rondônia, através da construção e ampliação de hospitais regionais, para que possamos atender a nossa população nas próprias regiões, sem se precisar deslocar até a capital do estado, onde os hospitais já estão lotados em função da demanda”, disse a deputada.
Ainda durante o discurso de abertura, a deputada voltou a pedir apoio da prefeitura de Ji-Paraná para a destinação de um terreno para a edificação do hospital, e dos Conselhos Municipal e Estadual de saúde para que possa dar celeridade no processo.
“Quero reforçar o apoio de todos nesse processo, agradecer o apoio do prefeito Isaú Fonseca, de Ji-Paraná, que está imbuído conosco nesta luta e vai conseguir um terreno para este hospital, a bancada federal que declarou apoio ao nosso projeto, à Assembleia Legislativa, que através dos deputado presentes, deixou claro que também trabalhará conosco nesta busca e ao governo do estado que tenho certeza que também abraçará esta causa, cumprindo um compromisso histórico do estado com Ji-Paraná e com a região central do estado”, disse da deputada.
Pronunciamentos
O deputado Laerte Gomes, líder do governo do estado na Assembleia Legislativa, que possui base eleitoral também em Ji-Paraná, destacou a atuação da deputada Cláudia de Jesus frente à Comissão de Saúde da Assembleia, bem como todos os demais parlamentares preocupados com a situação da saúde do Estado.
“A saúde de Rondônia está em uma situação difícil e a descentralização é fundamental e necessária. Precisamos arrumar mecanismos para que isso aconteça, para que o hospital saia do papel do papel. Acompanho essa luta da Cláudia desde que ela era vereadora e esse é o sonho de todos nós desta região, que é a segunda maior do estado. Temos essa carência. Tenho certeza que o governador está ciente desse problema e está pronto para encontrar os caminhos para que isso possa acontecer. Estamos todos à disposição na Assembleia para ajudar em mais essa importante empreitada”, disse o deputado.
Raimundo Nonato, Secretário Estadual da Central Unica dos Trabalhadores (CUT) parabenizou a deputada pela iniciativa e fez um relato sobre a atuação dos governadores desde a gestão de Jerônimo Santana até o governador atual, destacando a falta de compromisso dos governadores com a descentralização da saúde.
Sirlei da Fetagro, parabenizou a população pela presença na audiência pública e a importância do hospital regional para toda a região. “Estamos cansados de ver ambulâncias pelas rodovias com destino à capital, em busca de saúde para a população, enquanto é possível a descentralização, com a construção de um hospital que possa atender toda a demanda da região.
Marcio Kohr, presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Ji-Paraná também destacou a importância do Hospital para atendimento de alta e média complexidade. “Em nome do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Ji-Paraná gostaria de saber como está a posição da prefeitura com relação ao terreno e a participação do município neste processo, porque é de interesse da população”.
Professora Jacira, representando a Associação dos Moradores do Bairro Primavera destacou a atuação do Projeto Mãos Cuidadoras, que trabalha com o encaminhamento de pessoas com problemas de saúde, apontando que “esse é um sonho de todos, pois é muito triste ver pessoas precisando de atendimento e o estado não proporcionar.
Vereador Volnei, de Theobroma, destacou o sofrimento que os pequenos municípios enfrentam diariamente na questão de saúde em função da falta de atendimento. “Com a construção deste hospital em Ji-Paraná tenho certeza que vai melhorar essa situação, não só da grande e média complexidade, mas também na questão dos exames e dos atendimentos de especialidades. Saúde é prioridade, pois sem saúde, não temos agricultura, não temos cidades, não temos movimento da economia”, disse.
Vera Marcia, vereadora de Ji-Paraná, destacou a atuação da deputada Cláudia em prol do hospital de Ji-Paraná, salientando que falar de saúde é uma questão de dignidade. “É falar de respeito, de dignidade, é falar de representatividade da população que contribui com seus impostos e não tem os seus direitos sendo atendidos. Precisamos deste hospital regional há muito tempo e quero saber quanto cada deputado vai destinar para a construção do regional, que é o sonho de todos desta região”.
A vereadora Eloísa Helena, de Ouro Preto, agradeceu a oportunidade e disse da importância de se ter o Hospital Regional, que é um anseio de todos. “Ao ver a mesa diretora da audiência composta por autoridades estaduais e federais renasce a esperança da construção. É muito bom ter a saúde cada vez mais perto da gente e quero dizer que como presidente da União das Câmaras de Vereadores de Rondônia farei o que for necessário para ajudar na viabilização desta obra”, disse
Rosangela, representando as associações de moradores, disse que se apoia na proteção de Deus desde quando decidiu vir de Goiânia para Rondônia, pois a população sente na pele as dificuldades quando procura atendimento do Sistema Único de Saúde (SUS), especialmente quando se trata de atendimento hospitalar de urgência ou de alta complexidade e não tem. “Nós precisamos que todas as autoridades que aqui estão tenham compromisso com essa região, pois Rondônia tem uma população carente e doente e a construção desse hospital regional representa um grande avanço para a melhoria da saúde pública da nossa região.
Elza Maria, moradora de Ji-Paraná, focou sua pergunta aos três deputados federais presentes, pedindo qual a participação de cada um dos três nessa busca do hospital, não só no que diz respeito a recursos, mas em gestão junto ao governo federal. Teve como resposta dos parlamentares o compromisso de trabalhar em busca de recursos e de ações do governo federal para a execução da obra.
Ao falar depois dos primeiros participantes, o deputado federal Maurício Carvalho, líder da bancada federal em Brasília, destacou a dificuldade não só de se construir um hospital, mas de se manter um hospital. “Precisamos não só construir o hospital, mas nos preocuparmos também com a sua manutenção, com a destinação de especialidades. Estamos à disposição para destinar recursos, para conversar com os demais deputados e senadores para uma emenda de bancada, com valor maior do que as próprias emendas individuais. Precisamos de garantia que vamos construir e vamos manter, não construir uma obra e ficar só o prédio, sem condições de atender, mas de executar um projeto concreto, que realmente atenda às necessidades da população”, disse.
Isabel do Conselho, representante do Conselho Municipal de Saúde Alvorada do Oeste, destacou que o compromisso assumido pelos políticos é importante para que o sonho se torne realidade. “Precisamos mesmo unir forças, o povo e seus representantes, para juntos realizarmos esse sonho de todos". Destacou.
O defensor público, João Verde Navarro França Pereira, destacou as ações apresentadas pela defensoria na busca do atendimento à saúde da população. De acordo com ele, a defensoria pública já ajuizou milhares de ações contra o estado para garantia do atendimento à saúde da população. Para o defensor, o não atendimento primário provoca a evolução de uma doença dos pacientes, gerando mais despesas para o governo e não resolvendo o problema da população.
O vereador Trovão, de Alvorada do Oeste sugeriu a descentralização do atendimento ortopédico por parte do SUS, em função da alta demanda por atendimento cirúrgico em função dos acidentes de trânsito. “Se o SUS descentralizar o atendimento, vai desafogar os hospitais de Porto Velho e ajudar a população nas cirurgias. “A construção do hospital regional de Ji-Paraná é importante para toda a região, assim como a descentralização do atendimento de traumatologia, que hoje é feito em Porto Velho. Precisamos nos unir para que isso aconteça o mais breve possível”, disse.
O prefeito Danielzinho de Cacaulândia agradeceu a presença de todas as autoridades e também falou das dificuldades que os pequenos municípios enfrentam na questão da saúde. Precisamos deste hospital de Ji-Paraná e do Hospital de Ariquemes para poder atender a população. Os municípios pequenos não aguentam mais suportar as despesas é né necessário que se faça algo urgente. Quero parabenizar a deputada Cláudia por esta audiência pública e desejar todo o sucesso nesta empreitada que é a construção do regional de Ji-Paraná. Não podemos mais perder vidas nas estradas com acidentes envolvendo ambulâncias e ônibus de paciente, como o ocorrido recentemente com o ônibus de Buritis que pegou fogo e matou muitas pessoas que estavam indo para se tratar em Porto Velho”, lembrou.
Vereador Cesar, de Theobroma, apresentou dados dos gastos com transporte de pacientes para porto Velho. São mais de R$ 100 mil que o município de Theobroma gasta mensalmente com esse transporte de pacientes que vão e voltam quase todos os dias. É um custo que os municípios pequenos não aguentam, não tem de onde tirar. Se tivesse o hospital perto, em Ji-Paraná ou Ariquemes, esse custo seria reduzido para menos da metade.
Josias Martins, morador de Ji-Paraná parabenizou a população pela presença em massa na audiência pública, demonstrando a força e o desejo do povo pela construção do hospital. “Estive na casa de apoio em Porto Velho e pude ver o sofrimento da população na capital do estado em busca de atendimento médico e hospitalar. Quero parabenizar a deputada Claudia e os demais deputados pela dedicação em prol deste Hospital Regional, que vai se tornar realidade”, disse.
O deputado estadual Luizinho Goebel destacou a crise do setor de saúde de Rondônia, apontou os hospitais iniciados e não terminados em vários municípios do estado e como sugestão apresentou proposta para que o governo do estado cobre dos devedores de impostos, especialmente as grandes empresas, para que através desses recursos, empresas como a Energisa, que é a maior devedora de impostos do estado com uma dívida de mais de R$ 1,7 bilhão, construa e equipe os hospitais, abatendo os valores da dívida. “Com tudo o que a Energisa deve dá para se construir um hospital em Ji-Paraná, um em Ariquemes, um em Vilhena e ainda terminar o hospital de Guajará Mirim, inclusive com equipamentos. Seriam obras rápidas, sem a burocracia exigida para o setor público. O governo receberia o dinheiro, a população receberia o hospital e a Energisa se limpava com o povo”, disse Luizinho.
Luizinho Goebel lembrou ainda que mesmo que a obra do hospital começasse hoje, levaria anos para ser terminada e neste período o governo pode ajudar na questão da saúde, pactuando recursos com os municípios, para que cada um pague ao Hospital Municipal de Ji-Paraná pelos atendimentos de seus pacientes. “Precisamos resolver o problema da saúde do Estado para que não tenhamos mais nenhuma mãe chorando a morte de um filho pela falta de atendimento”, disse.
No mesmo sentido, a deputada estadual Dra. Taíssa destacou que a saúde precisa ser descentralizada, precisa ser humanizada. Precisamos olhar para as nossas famílias doentes, para os nossos pacientes que percorrem centenas de quilômetros em busca de um atendimento que poderia estar do lado da sua casa. O Sonho de Ji-Paraná, de Ariquemes, de Vilhena é o mesmo sonho do nosso povo de Guajará-Mirim, que está com a obra do hospital com 90% concluída e há 10 anos o governo não consegue terminar. É mais que um sonho, é uma necessidade. Precisamos salvar vidas, precisamos atender a população de Rondônia como ela merece, precisamos desses hospitais regionais para descentralizar a saúde, acabar com as ambulâncias nas rodovias e levar tranquilidade para o povo, que não quer nada mais do que ver seus direitos sendo atendidos. Conte comigo, conte com a Comissão de Saúde da Assembleia, com a força do nosso povo e seus representantes. Vamos à luta, pois os hospitais regionais estão se tornando uma questão de honra para cada um de nós”, disse Taíssa.
Maria Edenite Barroso, Secretária de Saúde de Ji-Paraná, disse que tão importante quanto a construção do Hospital é melhorar atenção à saúde primária, para que a população não precise de atendimento hospitalar para tratar de doenças que poderiam ser evitadas se diagnosticadas com antecedência. “Vamos lutar pelo hospital, o município de Ji-Paraná não medirá forças para esta construção, mas também vamos olhar para a saúde básica, a saúde primária, a saúde preventiva. Os índices mostram que se tivermos um bom atendimento no início de qualquer situação de saúde, teremos hospitais menos lotados e a população mais saudável”, destacou a secretária.
Joaquim Teixeira, vice-prefeito de Ji-Paraná, destacou que o governo precisa pensar no povo, pensar na população para fazer valer o que foi proposto em campanha. “Vamos unir forças para buscar esse hospital regional para atender a nossa população de Ji-Paraná e de toda a região. Que nós possamos conseguir colocar em prática esse objetivo de melhorar o nosso atendimento à saúde e garantir o direito de todos. Estamos juntos nessa luta”, garantiu.
O secretário de administração, Jhonatan França, de Ji-Paraná, representando o prefeito Isaú Fonseca, destacou o empenho da deputada para trazer na audiência pública parlamentares de todo o estado, destacou o compromisso da administração municipal em garantir o terreno para a construção do Hospital Regional de Ji-Paraná. “Um projeto ousado, que precisa ser construído por várias mãos, pode contar com o apoio da prefeitura. O Hospital municipal é praticamente um regional e o desafio é grande para atender 18 municípios com estrutura de um único município. São necessários muitos recursos e muito esforço para dar conta da demanda e o Hospital Regional ajudará não só a população, mas também as administrações municipais que não aguentam mais bancar sozinhos a saúde”, disse.
Jeferson Freitas, do Conselho Municipal de Saúde, destacou que a construção de um hospital é imprescindível, mas é necessário que se verifique o pós-construção, como irá ficar o município de Ji-Paraná com o hospital regional com relação a administração, com gestão de pessoal e com equipamentos.
O presidente da Câmara de Vereadores de Ji-Paraná, Negão do Isaú, destacou a pertinência do assunto e apontou a necessidade da construção do hospital regional. “Enquanto vereadores somos o para-choque da população, atendendo a população 24 horas por dia para socorrer vidas. Nossa Upa de Ji-Paraná atendeu de janeiro a maio mais de 50 mil pessoas, o hospital municipal atendeu mais de 30 mil pessoas no mesmo período, o que mostra uma luta constante e injusta, pois a estrutura é muito menos do que a demanda. Esse Hospital Regional vai ajudar a desafogar essa situação e nós do parlamento hospital estamos à disposição de, assim que tiver encaminhado o assunto, pautarmos na Câmara de Vereadores para a aprovação da aquisição do terreno e de todas as necessidades pertinentes ao município”, disse.
André Nunes, representante do Conselho Estadual de Saúde agradeceu o convite e destacou que é necessário se pensar que a Macro II, composta por Ji-Paraná e mais 16 municípios, precisa tratar a parte técnica, oferecendo à população dignidade. “Precisamos acabar não só com a ambulancioterapia, mas também com a onibusterapia, trabalhando também as especialidades, trazendo esse atendimento aos municípios. O conselheiro chegou a questionar se a construção do hospital resolveria o problema ou seria mais uma fonte de despesa a ser bancada com o dinheiro público, sem condições de prestar o devido atendimento. Nunes destacou ainda que os custos com médicos, especialistas, equipamentos, medicamentos, salários de servidores muitas vezes chegam a inviabilizar um projeto como o que se quer para Ji-Paraná e apontou a necessidade de verificar esses custos e como custeá-los antes do início de uma obra como o regional.
Ao retomar a condução da audiência pública, a deputada rechaçou as falas dos dois conselheiros (municipal e estadual), dizendo que tudo o que não precisa neste momento é alguém puxando para trás. Para a deputada primeiro é necessário trabalhar a questão da construção do hospital, a aquisição e instalação dos equipamentos, para depois falar dos profissionais, que é uma responsabilidade do governo do estado.
“Sem a obra, não temos nada. Se é para virem numa audiência pública para puxar contra o desejo do povo seria melhor nem terem vindo. Os conselhos são fundamentais para que consigamos atingir esse objetivo e é preciso repensar este posicionamento, rediscutir esse discurso negativo. Não podemos antecipar os problemas. Vamos focar no hospital e depois vencer uma etapa de cada vez”, disse a deputada.
O deputado Luís do Hospital destacou sua experiência na gestão do hospital de Jaru, afirmando que o município precisa ter a sua responsabilidade com o atendimento de saúde do município, mas que o estado precisa fazer a sua parte também. “Eu sei o sofrimento que o Isaú tem aqui em Ji-Paraná com a questão de saúde, pois atende todo os municípios, no que os pequenos municípios não conseguem. O Hospital Regional de Ji-Paraná é imprescindível para melhorar o atendimento à população, tirando os nossos pacientes das estradas e dos corredores dos hospitais em Porto Velho, que não conseguem atender a todos”, afirmou.
O deputado estadual Nim Barroso parabenizou a iniciativa da audiência, se colocou à disposição para lutar junto por esse sonho. “Nossos pacientes estão morrendo nas estradas, nos hospitais de Porto Velho pela falta de atendimento. É uma vergonha Ji-Paraná não possuir um hospital do estado para atender o nosso povo da região central. Juntos vamos conseguir”, afirmou.
O deputado federal Fernando Máximo abriu seu discurso firmando seu compromisso com emendas parlamentares, emenda de bancada e gestão junto ao governo federal através dos ministérios de saúde, Casa Civil e presidência. “Agora depois da pandemia, depois dos gastos com a saúde pública no combate à Covid-19 é hora de construir hospitais, de valorizar os servidores de saúde que não medem esforços para salvar vidas, de atender a demanda do povo. É um trabalho conjunto, um trabalho árduo. Estamos juntos, contem comigo, é minha vocação, minha profissão como médico, defender vida e este hospital regional de Ji-Paraná é imprescindível para isso acontecer de fato”, disse.
A deputada federal Silva Cristina, vice-presidente da Comissão de saúde da Câmara dos Deputados, assumiu a tribuna da audiência pública para falar da sua experiência com relação à saúde pública, mostrando a importância da força de vontade, da união de forças para o sucesso da empreitada de se construir um hospital regional em Ariquemes. “Quando corri atrás do hospital do câncer era apenas um sonho, assim como é o sonho da deputada Claudinha esse hospital regional de Ji-Paraná. Nós não queremos mais um puxadinho no hospital municipal. O hospital municipal de Ji-Paraná realiza um excelente trabalho, mas não consegue atender à demanda regional. O hospital regional vai ser um avanço para a saúde de Ji-Paraná e de toda a região central. Ele vai acontecer aqui e provar que nós temos a oportunidade de trazer saúde de verdade. Vamos conseguir os recursos, vamos conseguir os apoios necessários para que tenhamos um hospital de verdade na nossa amada Ji-Paraná”, disse.
A fala mais esperada da audiência pública, que adentrou à noite de sexta-feira, foi do secretário de saúde do estado de Rondônia, que fez uma abordagem sobre os investimentos do governo do estado na área da saúde. “Quero dizer que 80% da saúde do estado poderia estar melhor se tivesse sido feito um trabalho na saúde básica e estamos trabalhando isso com os municípios o que refletirá no desafogamento dos hospitais João Paulo II e Ary Pinheiro (Base) em Porto Velho, assim como os demais hospitais regionais, como este que vocês querem aqui em Ji-Paraná, onde o hospital municipal hoje produz R$ 34 milhões em atendimentos e recebe apenas R$ 20 milhões do SUS de contrapartida, numa prova que a soma não bate”, disse.
A deputada Cláudia de Jesus, ao reassumir o comando da audiência pública destacou os avanços da reunião com a confirmação do terreno, empenho da bancada federal para destinação de recursos, apoio dos deputados estaduais com destinação de recursos e aprovação dos projetos necessários e insistiu com o secretário na efetivação de um compromisso do estado para a obra.
“O Hospital Regional de Ji-Paraná é muito importante para este processo de melhoria da saúde pública de Rondônia e no que depender do apoio do governo do estado, podem ter certeza que o governador Marcos Rocha e toda a nossa equipe de trabalho da SESAU, isso se tornará realidade. Neste primeiro momento assumimos o compromisso de fazer os estudos sobre a real necessidade, da demanda e do tipo de hospital que precisa ser construído para atender a região central. Em 90 dias teremos esse diagnóstico necessário e voltaremos a nos reunir para que possamos traçar os próximos passos da obra”, disse o secretário.
“Então secretário, daqui a 90 dias voltaremos a nos reunir aqui com esse povo que espera por essa obra há muitos anos. O estado tem essa dívida com a região central de Rondônia. Nós confiamos na sua boa vontade, na boa vontade do governo e neste compromisso de termos um hospital regional em Ji-Paraná”, finalizou a deputada.
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Texto: Jocenir Santanna - Foto: Antônio Lucas.