A defensora Maria Cecília Schmidt publicou uma retratação por conta de publicações e comentários transfóbicos que ela fez no Instagram. A nota é condição de um acordo firmado pela defensora, depois que a mesma sofreu uma representação na Corregedoria da Defensoria Pública de Rondônia (DPE-RO).
A denúncia contra Maria Cecília foi feita na DPE-RO pelo movimento LGBTQIAP+ de Rondônia, representado sobretudo pelos coletivos Somar e Grupo Comcil.
Os coletivos registraram as publicações e comentários onde a defensora escreveu:
“Mulheres concorrendo nos esportes com trans… quem tem mais força física?”.
“O barbudo de vestido que se intitula trans (quando lhe é conveniente), gritou e ameaçou uma mulher negra e grávida que ficou com medo de usar o mesmo banheiro que o ‘trans’”.
“E posso ser criminalmente responsabilizada pelo que escrevi. Mas se escreverem a mesma coisa sobre mim não é crime. Porque detonar a mulher não é crime, mas falar que trans não é mulher é [crime]”.
O caso veio à tona em abril através de denúncia feita pelos coletivos e divulgada no g1. Na ocasião, a DPE-RO informou que tomaria todas as medidas cabíveis. Segundo a defensora, ela passou por uma representação na Corregedoria que resultou em um acordo em conjunto com as organizações que fizeram a denúncia.
Na publicação de retratação, Maria reconhece que sua fala foi transfóbica e “fomentou discurso que viola frontalmente” a luta de pessoas trans e travestis. Ela pede desculpas e declara que “todas as pessoas do grupo LGBTQIA+ devem ter todos os seus direitos garantidos”.