23/09/2023 às 21h57min - Atualizada em 23/09/2023 às 21h57min

Corpo de idoso escondido por 7 anos dentro de geladeira é de conceituado jornalista desaparecido desde 2016

Celso Adão Portella era Advogado, Jornalista, Radialista e Escritor

Gazeta Rondônia

Uma história arrepiante veio à tona recentemente, abalando não apenas a comunidade de Aracaju, Sergipe, mas também os corações de familiares e amigos de Celso Adão Portella, um jornalista, atualmente com 80 anos e que estava desaparecido desde 2016. A descoberta de seu corpo em estado avançado de decomposição, guardado dentro de uma mala na geladeira de um apartamento, levantou muitas questões e trouxe à tona uma série de circunstâncias perturbadoras que cercam sua morte.

Celso Adão Portella deixa para trás quatro filhos e uma família que há muito aguardava notícias sobre seu paradeiro. Segundo informações de seu irmão, Paulo Portella, Celso deixou seu estado natal, Rio Grande do Sul, em 2001, após o falecimento de sua mãe, e perdeu contato com a família desde então. A vida de Celso parecia estar envolta em mistério, e a notícia de sua morte trouxe à tona muitas perguntas sobre o que aconteceu durante todos esses anos de ausência.


O caso veio à tona de maneira surpreendente durante o cumprimento de uma ordem de despejo em um apartamento. O que os oficiais de justiça encontraram foi nada menos do que um cenário digno de um filme de terror: o corpo de Celso estava guardado em uma mala, dentro da geladeira. A imagem é assustadora, e o estado avançado de decomposição apenas aumentou o impacto da descoberta.
 
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A história toma contornos ainda mais sombrios com a prisão preventiva de uma mulher de 37 anos, uma técnica de enfermagem, que alega ter mantido um relacionamento amoroso com Celso Adão Portella.
 
Segundo seu depoimento à Polícia Civil, ela afirmou que, em 2016, ao voltar do trabalho, encontrou Celso morto e, por medo ou por razões desconhecidas, optou por guardar o corpo na geladeira. Essa explicação, no entanto, levanta mais perguntas do que respostas e deixa a comunidade perplexa diante do mistério que envolve a morte do jornalista.

Além do possível envolvimento da mulher na morte de Celso, ela também é suspeita de ocultação do corpo e maus-tratos contra sua própria filha de apenas 4 anos, que vivia na mesma residência. A situação é perturbadora e requer uma investigação minuciosa para esclarecer todos os detalhes e responsabilizar os envolvidos nos crimes.

A Associação Riograndense de Imprensa (ARI) emitiu uma nota de pesar em relação à morte de Celso Adão Portella. O jornalista foi encontrado justamente durante a celebração da Semana do Radialista, um momento em que a comunidade da mídia deveria estar comemorando e reconhecendo a importância de seu trabalho. A descoberta do corpo tornou o acontecimento ainda mais perturbador, e a ARI expressou sua solidariedade à família de Portella, fazendo um apelo por uma investigação célere e a responsabilização dos envolvidos nos crimes.

À medida que essa história angustiante continua a se desenrolar, a comunidade aguarda por respostas e por um entendimento completo do que aconteceu com Celso Adão Portella nos anos em que ele esteve desaparecido. A verdade por trás desse mistério deve emergir, não apenas para a justiça, mas também para aqueles que lamentam a perda de um ente querido e para todos os que buscam compreender como algo tão terrível pôde acontecer.
 
QUEM ERA CELSO ADÃO PORTELLA
 
Celso Adão Portella nasceu e cresceu em Livramento, no Rio Grande do Sul, e ao longo de sua carreira, desempenhou um papel significativo no campo da comunicação, apresentando programas em rádios renomadas como Farroupilha, Gaúcha e Guaíba. Ele também se formou em Direito na Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul.

Reconhecido como um advogado brilhante e combativo, Portella era conhecido por seu pensamento crítico e ideias liberais. Em seu livro "Brasil sem Força", publicado em 1988, ele questionou o Brasil e propôs uma reflexão profunda para seus leitores sobre o verdadeiro valor do ser humano como indivíduo e coautor de sua sociedade e história.

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Fonte: G1.


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