1 - Conselho Tutelado, etc., etc., etc.: “Se conselho fosse bom a gente vendia”, observou Zé de Nana para depois completar: “e alguém comprava”. Domingão em Porto Velho é dia de breja, churras, banho, piseiro, etc., etc., etc. e não vale a pena aconselhar outra coisa. Política então nem pensar. Mas nesse primeiro de outubro, véspera de feriado com o comércio a pleno vapor, foi dia de política sim senhor “meu sinhô”. Muita gente foi aconselhada a procurar uma daquelas urnas eletrônicas para escolher os novos conselheiros tutelares.
Eleição não obrigatória, miudinha, nadica de nada, que estava agendada com dia e hora marcados e acreditem, de grande relevância para quem trabalha no ramo de compra e venda de voto. Hora de girar a roda da economia como sempre ocorre em qualquer eleição, por menor que seja. As redes sociais ferviam, os cabos eleitorais já estavam nos cascos buscando o “santo voto” principalmente na camada das sensíveis a qualquer trocado. Com o voto precificado, a campanha ficou acirrada e a festa da democracia relativa começou. Urna testada e aprovada e o eleitor voluntário foi consagrar os nomes. Se fosse corrida de cavalos, seria uma “barbada” e antecipadamente, sem pesquisa, sem ibope, sem enquete, etc., etc., etc. tudo às claras, já se conheciam os “new tutors” das crianças e adolescentes.
A eleição foi um teste para políticos experientes, com mandatos, ou para aqueles que almejam um lugar ao sol avaliarem a força dos seus cabos eleitorais e para estes cabos, a grande oportunidade de se agarrarem os pelos púbicos de quem realmente manda na bagaça. Mas, é preciso dizer que os conselhos tem fundamental importância pois canalizam a manifestação democrática da sociedade, no exercício da cidadania nos espaços de representação coletiva, contribuindo para transformações sociais e reforçando direitos. Mas, para além do amor à causa da criança e do adolescente, o importante também foi saber com quem contar para a proteção desse público tão carente e nesse particular o deputado patriota Marcelo Cruz, foi o nome que mostrou mais força, carisma, estratégia, tirocínio, habilidade, etc., etc., etc. conseguindo eleger 32% das 25 vagas ofertadas e tornando-se assim o tutor de 8 conselheiros que serão por ele tutelados para que possam melhor tutelar os que precisam de tutela. Entenderam bem ou é preciso desenhar? Alvíssaras para as crianças e adolescentes que além dos oito novos conselheiros terão ainda de vantagem um deputado estadual que é o presidente da Assembleia Legislativa trabalhando em prol dos seus direitos, demandas, carências, etc., etc., etc.
Um detalhe: A esquerda passou batida não atuando como sempre fez para dominar os conselhos de todos os tipos, nuances, cores, formas, etc., etc., etc. e acabou perdendo espaço até para lideranças emergentes não alinhadas. E nada de reclamar das urnas ou de compra de voto, etc., etc., etc., Isso não é politicamente correto. Foi tudo certo como 2 e 2 são... Quanto é o resultado da conta mesmo Caetano? Paciência. Dessa vez não deu.
2 - O último pingo: Rodrigo Pacheco acordou, esfregou o olho e meteu a boca no trombone. Depois do STF legislar outra vez sobre o marco temporal das terras indígenas, o ligeirinho quer vingança, com chance zero de reverter a derrota, além de propor a limitação no mandato dos ministros do STF. É tudo “caô”. Se fosse vingança “dimermo” era só pegar um dos 53 pedidos de impeachment contra o STF e pautar para votação. Mas, como diz Zé de Nana, “quem tem telhado de vidro não brinca de baladeira e quem tem juízo (talvez seja outra coisa) tem medo”.
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