14/04/2021 às 07h51min - Atualizada em 14/04/2021 às 07h51min

CPI da Covid vai investigar dinheiro federal que foi para cidades e Estados

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O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), decidiu nesta terça-feira (13) que a CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da covid-19 deverá investigar o dinheiro federal que foi para cidades e Estados além das omissões do governo federal no combate à doença.

Juntou-se os pedidos de CPI de Randolfe Rodrigues (Rede-AP), com alvo no governo federal, e de Eduardo Girão (Podemos-CE), que investiga ilícitos com dinheiro federal em todas as esferas.

O pedido de Girão citava prefeitos e governadores. O trecho caiu porque contraria o regramento do Senado. Na prática, investigar crimes com verbas federais já permite chegar aos governantes locais.

Pacheco juntou as CPIs “limitado apenas quanto à fiscalização dos recursos da União repassados aos demais entes federados para as ações de prevenção e combate à pandemia da covid-19, e excluindo as matérias de competência constitucional atribuídas aos Estados, Distrito Federal e municípios”.

A partir da leitura dos requerimentos, passa-se à indicação por parte dos blocos partidários para que depois o colegiado possa ser instalado de fato. Depois serão escolhidos presidente e relator da CPI. As bancadas já têm 9 dos 11 nomes titulares do colegiado.

O requerimento de instalação de uma CPI, que investigasse União, Estados e municípios teve mais de 40 assinaturas de senadores.

O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Roberto Barroso determinou, na quinta-feira (8), que o Senado instale a CPI para apurar eventuais omissões do governo federal no combate à pandemia.

Barroso concedeu liminar (decisão provisória) em ação movida justamente pelos senadores Alessandro Vieira e Jorge Kajuru, ambos do Cidadania.

O presidente Jair Bolsonaro tem criticado o alcance da CPI e defendido que ele seja ampliado para que se investigue governadores e prefeitos.

O líder do governo no Congresso, Eduardo Gomes (MDB-TO), como adiantou o Poder360, fez uma questão de ordem para que a comissão só funcionasse depois que todos os profissionais envolvidos fossem vacinados. A ideia não foi atendida a principio.

“Enquanto não houver condição de funcionar com pessoas imunizadas em qualquer categoria, em qualquer profissão, que a CPI não possa funcionar presencialmente, por essa questão. Então, com respeito a todas as intenções… Não é só sobre essa CPI, é sobre qualquer CPI ou sobre o funcionamento de Comissão Permanente neste período.”

Já o líder da minoria no Senado, Jean Paul Prates (PT-RN), disse que não há nada que impeça o funcionamento virtual da CPI e que esse argumento estaria sendo usado pelo governo como “manobra protelatória”.

“Desde o ano passado, o Senado vem trabalhando de forma remota ou semipresencial e, em nenhum momento, os trabalhos da casa foram prejudicados”, declarou. Fonte: Poder 360.

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