Ao findar a noite deste Sábado (11), foi confirmada a morte da deputada que deu origem a lei que assiste as pessoas com deficiência monocular, que levou o seu próprio nome.
Amália Barros, 39 anos (1985/2024), jornalista por formação e deputada federal de primeiro mandato pelo Partido Liberal (PL), vice presidente do PL Nacional, vinha enfrentando desde o início do mês uma luta contra um nódulo cancerígeno no pâncreas. Amália Barros, portadora de deficiência monocular, já tinha sido submetida a 15 cirurgias para não perder o globo ocular.
O QUE ACONTECEU
A deputada federal Amália Barros (PL-MT) passou por um novo procedimento médico na Quinta-feira (95) no Hospital Vila Nova Star, em São Paulo.
Amália passou por um “procedimento adicional de radiointervenção”. O boletim médico não detalhava qual seria a intervenção que a parlamentar foi submetida. Porém, segundo o Hospital 9 de Julho e o Hospital Albert Einstein, a radiologia intervencionista se utiliza de procedimentos diagnósticos e terapêuticos de forma menos invasiva, com o uso de métodos de imagem para guiar o médico, evitando cortes cirúrgicos.
Deputada estava em estado grave e sob cuidados intensivos. Ela continuava internada na UTI (Unidade de Terapia Intensiva) do hospital, segundo o boletim médico divulgado nesta Sexta-feira (10).
Anteriormente, após cirurgia para retirada de um nódulo no pâncreas, quando foi divulgado um boletim onde a deputada apresentava uma “melhora expressiva” após pelo segundo procedimento cirúrgico, porém, o hospital já havia informado que uma revisão cirúrgica estava programada.
Na terça-feira (7), Amália passou por um procedimento de drenagem de vias biliares, que visa retirar o líquido biliar acumulado em excesso no fígado e neste Sábado (11), foi submetida a uma nova cirurgia, e logo após a cirurgia, foi anunciado o estado de saúde de Amália Barros era considerado grave e ela continuava sob cuidados intensivos, mas, acabou não resistindo. A informação foi confirmada pela assessoria através das redes sociais da parlamentar.
QUERIDA POR TODOS
Amália Barros ficou conhecida pela sua luta incansável pelas pessoas deficientes a ponto de ser eleita pelo reconhecimento de seu trabalho que promovia justiça social na vida dos portadores de deficiência monocular, além de estar sempre envolvida na luta pelos autistas e dos surdos.
A ascensão política de Amália e sua luta pelos deficiente monoculares resultou na criação da Lei Amália Barros (Lei 14.126/2021), que foi sancionada no dia 22 de Março de 2021, durante o governo Bolsonaro e que hoje contribui para o tratamento desta classe de deficientes que antes tinham seus benefícios ignorados pela saúde pública.
AMIGA PESSOAL DE MICHELLE BOLSONARO
Amália Barros também era conhecida por possuir íntima relação com a família Bolsonaro, por meio de sua amizade pessoal com a ex-primeira dama Michelle Bolsonaro, que durante um evento do PL Mulher Nacional fez um apelo para que todos orassem pela recuperação e cura da deputada. Com a morte da deputada, assume a vaga como primeiro suplente Nelson Barbudo, que retorna ao cenário político após ter sido superado nos votos pela deputada em sua tentativa de se reeleger em 2022.
