A Delegacia Especializada de Defesa da Mulher, Criança, Adolescente e Idoso de Sinop cumpriu na sexta-feira (06) mandado de prisão de um homem de 43 anos investigado por abusar sexualmente da enteada de 12 anos.
A tia da vítima procurou a delegacia no dia 28 de agosto e relatou que a sobrinha havia gravado um vídeo registrando o crime sexual. A criança foi ouvida em escuta especializada pela psicóloga da Delegacia e contou sobre outros episódios em que o padrasto cometeu os abusos.
A mãe da vítima foi intimada a prestar depoimento e relatou que não tinha conhecimento dos abusos.
A delegada Renata Evangelista reiterou a necessidade de quando uma criança relatar esse tipo de situação, a procurar a Delegacia de Polícia para que a criança seja ouvida por profissionais, sem que haja revitimização, já que, a cada vez que a criança relata o abuso, é como se estivesse revivendo-o.
A delegada reforçou ainda que para a comprovação do crime não é necessária a gravação de vídeo, já que comumente tais delitos ocorrem em ambiente fechado, sem a presença de testemunhas, sendo a palavra da vítima meio suficiente para que providências sejam tomadas em relação ao agressor.
“O crime de estupro de vulnerável ocorre quando há conjunção carnal com menor de 14 anos, penetração sexual, bem como por meio de atos libidinosos, como beijos e carícias de cunho sexual, que o suspeito pratica para satisfazer a sua lascívia. Não importando se a vítima já teve relação sexual anteriormente, é crime e o suspeito pode responder com pena de 8 a 15 anos de reclusão”, explicou.
A titular da Delegacia da Mulher destacou o empenho dos investigadores da unidade policial que cumpriram diligências e buscas pelo suspeito por mais de uma semana, contando também com o apoio do Núcleo de Inteligência da Delegacia Regional de Sinop.
Na delegacia, o suspeito foi ouvindo e negou o crime, alegando que a vítima criou os fatos com o intuito de separá-lo da mãe.
Após os procedimentos, o autor do crime foi encaminhado para a Penitenciária Dr. Osvaldo Florentino Leite, onde ficou à disposição da Justiça.