Jocassia da Cruz Xavier, de 35 anos, presa pelo assassinato de Anderson Manoel da Silva, 43 anos, no Bairro Moreninha, em Campo Grande (MS), ela disse que agiu após receber proposta sexual para quitar uma dívida, segundo afirmou, inventada por ele.
"Eu já tinha pagado o aluguel", relatou ao delegado Caio Macedo, da DHPP (Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa).
Anderson foi assassinado no fim da manhã de domingo (8), vítima de seis facadas, sendo cinco nas cosas e uma no pescoço, encontrado de bruços em uma cama. No corpo de Anderson também foram encontrados arranhões de faca na nuca. Jocassia foi flagrada saindo da casa por câmeras de segurança e se tornou a principal suspeita.
A DHPP deu início às diligências e encontrou Jocassia na segunda-feira (9), no Jardim Nova Jerusalém - que fica na região das Moreninhas. Na delegacia, confessou o crime e explicou ao delegado que Anderson estava cobrando uma dívida que não existia e queria o "corpo" dela.
Momentos antes de esfaqueá-lo, a mulher conta que bebiam e usavam drogas com outro rapaz, na casa dela. "Foi cobrar de novo o aluguel, queria meu corpo para pagar ele", disse. Na sequência, houve discussão e "Dendê", como era conhecido, quebrou os móveis de Jocassia. "Quebrou o fogão, jogou geladeira no chão", afirmou a mulher.
O rapaz que estava bebendo junto com os dois confirmou os fatos.
"Estávamos bebendo cerveja, cheirando pó, e eles brigando. Ele quebrou as coisas dela, foi embora e a Jocassia foi para a casa dele. Ficou silêncio. Ela voltou com a mão cheia de sangue falando 'olha o que eu fiz'", lembra.
Esse rapaz conta que chegou a ir até o imóvel, viu a vítima caída ferida e saiu correndo, porque estava "chapado".