O ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), determinou a soltura de três presos pelos atos do 8 de janeiro. Os alvarás foram assinados e enviados na sexta-feira (11), em caráter de urgência.
A decisão foi concedida em favor dos ex-policiais militares Marco Alexandre Machado de Araújo e Cláudio Mendes dos Santos e do caminhoneiro Ramiro Alves da Rocha Cruz Junior.
Marco estava preso desde abril de 2023, tendo sido alvo da Operação Lesa Pátria. Ele sai da Papuda, em Brasília, para cumprir prisão domiciliar. Cláudio também foi alvo da mesma operação e foi preso em março de 2023. Ele é policial da reserva da PM e ex-membro do Bope (Batalhão de Operações Policiais Especiais). Ambos foram acusados de convocar e participar das ações que terminaram na invasão das sedes dos Três Poderes.
Já Ramiro Alves da Rocha Cruz Junior, conhecido como “Ramiro dos caminhoneiros”, está preso desde janeiro de 2023. Ele é citado por outros detentos como um dos organizadores e incentivadores da invasão de Brasília. Nos bloqueios às rodovias após o resultado das eleições, Ramiro também atuou como liderança e organizava movimentações por meio de grupos nas redes sociais.
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Parlamentares da oposição comemoraram a decisão, atribuindo a novidade ao pedido da bancada por anistia aos presos pelos atos de vandalismo e tentativa de golpe de Estado.
“Temos muito trabalho pela frente. Mas nossa pressão está surtindo efeito. Seguiremos firmes na luta pela liberdade dos demais presos e anistia a todos os perseguidos e exilados políticos do Brasil”, afirmou o líder da oposição na Câmara dos Deputados, deputado federal Zucco (PL-RS).
O alvará de soltura dá direito aos três de cumprirem prisão domiciliar. Decisão semelhante foi proferida em março de 2025 à cabeleireira Débora Rodrigues dos Santos, acusada de pichar a frase “Perdeu, mané” na estátua da Justiça durante os atos extremistas do 8 de janeiro.
Fonte: R7.