A possibilidade de cassação do mandato do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) no Conselho de Ética da Câmara enfrenta obstáculos devido à ausência de uma condenação formal relacionada às acusações de conspiração contra o governo. A informação é de Débora Bergamasco no Agora CNN.
O encaminhamento de quatro pedidos de cassação ao Conselho de Ética pelo presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), surge como resposta às declarações de Eduardo sobre possíveis perdas de vistos americanos. As manifestações do parlamentar, que mencionavam tanto Hugo quanto o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), foram interpretadas como uma forma de pressão, levando à necessidade de uma demonstração de posicionamento institucional.
O panorama político atual indica uma evidente divisão: enquanto parlamentares da direita tendem a defender Eduardo Bolsonaro, a esquerda posiciona-se favorável à cassação do mandato do parlamentar.
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O Centrão emerge como fiel da balança neste processo, considerando que a presidência do Conselho de Ética está sob o seu comando.
A definição do relator do caso, que será escolhido por sorteio entre três nomes, também será crucial para o desenvolvimento do processo. A direita argumenta que, durante a Lava Jato, situações similares de denúncias internacionais ocorreram, embora não envolvessem articulações para sanções contra o país.
Em sua defesa, Eduardo Bolsonaro deverá argumentar que suas articulações internacionais se limitaram a questões específicas, como cancelamento de vistos e aplicação da Lei Magnitsky para determinadas autoridades, negando qualquer participação em ações que pudessem prejudicar a economia brasileira.
Fonte: CNN.