Porto Velho celebra 111 anos com festa, bolo de 111 metros, cultura e o show de Joelma do Calypso nesta quinta-feira, 2

Gazeta Rondônia
02/10/2025 21h36 - Atualizado há 9 horas

Nesta quinta-feira, 2 de outubro de 2025, Porto Velho completa 111 anos de criação como município — um marco que a Prefeitura Municipal celebra com uma extensa programação que vai do culto ecumênico a shows nacionais, como o da cantora Joelma, e atrações culturais ligadas à história e identidade do município, além de um bolo de 111 metros.

Nesta quinta, 2, os festejos começaram cedo: às 6h30, com a tradicional Corrida Cidade de Porto Velho, seguida do hasteamento da bandeira municipal e execução do hino por bandas da Polícia Militar e Exército. Logo em seguida, foi feita a entrega da reforma da Praça Jônathas Pedrosa, considerada a primeira praça de Rondônia, e a cerimônia de concessão da Comenda Madeira-Mamoré, honraria municipal concedida a pessoas que contribuíram para o desenvolvimento da cidade

Às 15h30 foi a vez do “Parabéns e Corte do Bolo”, em frente ao Prédio do Relógio, seguido por culto ecumênico no Complexo Madeira-Mamoré (16h15) e a solenidade de reativação da locomotiva Locomotiva 18 – Barão do Rio Branco às 17h15. A partir das 17h, atrações como o Tacacá Musical e a Exposição de Carros Antigos animam o Complexo, com intervenções de DJ Cláudio Casemiro, Carol Moura e DJ Jefferson Paula.

O grande ápice da noite será o show de Joelma, previsto para as 21h (com início estimado a partir das 18h), na Avenida Farquar, em frente ao palco montado para o aniversário. Pré-shows contarão com Marla Souza, Gata Forrozeira, Lene Ventura, DJ Yure e DJ Lacaia.

Programação recheada: cultura, fé e identidade regional

As comemorações começaram ainda em 1º de outubro, com um show gospel da dupla Jefferson & Suellen, que abriu a semana de festas em frente ao Complexo Madeira-Mamoré. Também nessa noite atuaram artistas locais: José Roberto, Vitória & Rebeca, Ministério Cristo Servo e Banda EA Sounds. Na ocasião, o prefeito Léo Moraes afirmou que “este aniversário marca um novo tempo para a cidade” e destacou o “sentimento de pertencimento e cuidado coletivo com Porto Velho”.

No dia 3, vai ocorrer o Beiradão Cultural, um festival com 12 horas ininterruptas de música ao vivo a partir das 18h, na Avenida Farquar com Sete de Setembro. A programação reunirá artistas porto-velhenses em estilos que vão do forró ao rock e pagode.

Outro destaque da programação será a exposição de carros antigos, organizada pelo Clube de Carros Antigos de Rondônia (CCARO) nos dias 2 e 3, com cerca de 30 veículos no primeiro dia (Fusca, Opala, Chevette etc.) e, no dia 3, participações do Aircooled’s Zero 69 Club com modelos Fusca e derivados.

Também figura na agenda o projeto “Uma Noite no Museu”, com sessões temáticas de reconstituição histórica no Museu do Complexo Madeira-Mamoré — inclusive sessões inclusivas para pessoas neurodivergentes e PCD — além da parceria com o IFRO para montagem de planetário e uso de telescópio para observações públicas.

Em nota da Prefeitura, foi ressaltado que a festa “reúne cultura, esporte, música, lazer e valorização da identidade regional” e que será a “maior festa de aniversário da história da cidade

A chegada de Joelma e expectativas para a noite de quinta-feira

A confirmação de Joelma como atração principal do aniversário gerou grande expectativa entre fãs da cidade e região. A cantora chegou a Porto Velho em 1º de outubro e foi recebida com entusiasmo pela população. O prefeito Léo Moraes esteve no aeroporto para recepcionar os artistas e destacou que aquela noite será “uma festa tremenda, em celebração junto à população, que pisa nesse chão sagrado” .

O show de Joelma será gratuito e, além de representar um momento de entretenimento, é encarado como um presente simbólico da gestão municipal à comunidade, resgatando autoestima e identidade local.

Porto Velho: origem, extensão territorial e pontos históricos

A história de Porto Velho está entrelaçada com a ferrovia Madeira-Mamoré. A cidade se formou em torno da construção da estrada de ferro, iniciada por volta de 1907, sendo seus primeiros moradores trabalhadores e agentes ligados à obra. O nome “Porto Velho” remete à lenda do “Velho Pimentel”, um lenhador que fornecia lenha a navios a vapor no trecho do rio Madeira onde mais tarde se formou o povoado.

Apesar das atividades iniciais terem ocorrido já em 1907, Porto Velho foi legalmente criado como município em 2 de outubro de 1914, por força da Lei 756, sancionada pela Assembleia Legislativa do Amazonas, momento considerado marco civil de sua autonomia municipal.

Posteriormente, em 24 de janeiro de 1915, ocorreu a instalação formal do município, início prático da administração local.

Com o avanço da ocupação regional e das administrações federais, Porto Velho tornou-se capital do Território Federal do Guaporé (que viria a ser o estado de Rondônia) em 1943, tornando-se sede política da nova unidade administrativa.

Quanto à extensão territorial, o município de Porto Velho ocupa uma área de cerca de 34 091,146 km² segundo dados do IBGE (2024) – o que faz dela uma das capitais com maior território do país. Em outras fontes, a área também é apresentada como 34.090,95 km² (DBpedia) ou 34.082,37 km² (dados da Wikipédia em inglês)

O relevo predominante é plano ou levemente ondulado, com altitude média de cerca de 83 metros acima do nível do mar, e o município está inteiramente inserido no bioma Amazônico, com clima tropical úmido e estação chuvosa marcante.

Em termos populacionais, o último censo de 2022 do IBGE registrou 460.434 habitantes no município de Porto Velho.

A gestão de Léo Moraes e o resgate da autoestima coletiva

O prefeito Leonardo Barreto de Moraes – mais conhecido como Léo Moraes – eleito em 2024 (cargo que exerce no período 2025–2028) pelo partido Podemos — empreende, segundo suas declarações, uma agenda de retomada da autoestima e pertencimento da população porto-velhense.

Em coletiva antes do início das festividades, ele afirmou que “é necessário que a população seja instigada a participar de eventos que celebram nossa história e que estimulem o convívio harmonioso em sociedade… esse aniversário marca um novo tempo para a cidade”. O secretário de Turismo, Esporte e Lazer, Paulo Moraes Júnior, afirmou que a programação foi pensada para “envolver toda a população” e que “a princesa do Norte merece essa festa”.

A própria escolha de atrações locais para ocupar espaços importantes da grade (como o Beiradão Cultural com artistas locais) reforça essa aposta na valorização da identidade regional. Também a reativação de símbolos históricos — como a locomotiva Barão do Rio Branco e eventos no Museu Madeira-Mamoré — reforça esse projeto de resgate simbólico.

Além disso, as festividades atraem visitantes de municípios vizinhos (como Rio Branco e Humaitá) e caravanas regionais, o que também impulsiona a economia local (hospedagem, comércio, bares, restaurantes).

Embora os dados mais específicos das obras realizadas ou a avaliação crítica das mudanças ainda demandem acompanhamento após o período festivo, a administração aposta que essa grande festa simbólica reforçará a imagem de Porto Velho e elevará o moral da cidade.

Uma festa com significado além do entretenimento

A programação dos 111 anos de Porto Velho não se limita ao divertimento: ela reúne elementos simbólicos, históricos e culturais que reafirmam a identidade local e propõem um momento de reflexão e pertencimento coletivo.

Trajetórias como “Uma Noite no Museu”, exposições, reativação de locomotivas e praças historicamente simbólicas, junto com shows nacionais, formam uma mescla planejada de passado, presente e futuro. O retorno de grandes atrações — como Joelma — à cena pública da capital funciona como um atrativo massivo, mas também como um gesto de visibilidade para a cidade no panorama regional.

Na avaliação do governo municipal, essa festa pode funcionar como um catalisador de autoestima, convidando os cidadãos a revisitar sua história, reconhecer conquistas e olhar para os desafios com renovado senso de pertencimento.

Se o plano der certo, esta celebração de 111 anos será lembrada não apenas pelo show de Joelma, mas como um momento simbólico do recomeço de Porto Velho como capital viva, cultural e orgulhosa de si mesma.

Fonte: Painel Político.

 

 


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